PIB do agronegócio de Minas Gerais deve avançar 1,2% em 2015

Resultado, se confirmado, elevará participação do estado no PIB nacional do agronegócio para 13,33%, diz Cepea e Faemg

Fonte: Suelen Farias/Canal Rural

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio mineiro deve crescer 1,2% em 2015 ante 2014, passando de R$ 160,564 bilhões para R$ 162,514 bilhões, dos quais R$ 87,593 bilhões (ou 53,51% do total) advindos da pecuária e R$ 74,921 bilhões (46,44%) da agricultura. A projeção foi atualizada após os dados de maio, quando o PIB estadual do segmento avançou 0,2%.

Os dados são do Relatório PIB Agro MG, apurados mensalmente pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) e divulgados pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg). A entidade dá apoio ao levantamento, com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MG) e a Secretaria de Estado da Agricultura.

Se confirmado o resultado anual, a participação mineira no PIB nacional do agronegócio passará de 13,17% em 2014 para 13,33% em 2015.

– Em comparação com os demais setores da economia, o agronegócio é o único que vem apresentando resultados positivos. Ainda assim, a influência do dólar mais caro já interfere na rentabilidade e intenção de investimento nas cadeias produtivas que demandam insumos importados, como a de grãos – disse a coordenadora da Assessoria Técnica da Faemg, Aline Veloso, em nota.

Os segmentos, básico, indústria e serviços do agronegócio registraram altas de 0,17%, 0,33% e de 0,26%, respectivamente. Já insumos segue em baixa de 0,54%. No acumulado, estima-se crescimento de 1,88% para básico, 0,43% para indústria, 1,23% para serviços, mas queda de 3,49% para insumos.

Sobre o segmento insumos, ela lembra que há forte retração nas vendas de fertilizantes e corretivos, por causa da elevação de preços.

– Isso sugere que os produtores reduziram compras antecipadas e estão cautelosos em suas intenções de investimentos para a safra que será plantada no período 2015/2016 – ressaltou.

Em compensação, segundo ela, a cotação do dólar tem auxiliado as cadeias exportadoras, tornando os produtos mais competitivos no mercado internacional.

Outro destaque, conforme Aline, foi o segmento agroindústria.

– Especialmente de processamento de carnes, produção de etanol e ampliação de investimentos e renovações tecnológicas no processamento de café – declarou.