PF prende agentes da Polícia Legislativa acusados de atrapalhar Lava Jato

Diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo de Carvalho é apontado como líder do grupo que utilizava a estrutura da Polícia Legislativa para embaraçar investigações contra senadores e ex-senadores

Fonte: Agência Brasil

A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta sexta, dia 18, mandados judiciais no Senado Federal ligados a uma nova operação, denominada Métis. Ela apura a atuação de agentes da Polícia Legislativa para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e também de outros casos envolvendo políticos.

Quatro mandados são de prisão temporária de membros da Polícia Legislativa. A PF aponta o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo de Carvalho, como líder do grupo que utilizava a estrutura de inteligência da Polícia Legislativa para atrapalhar investigações contra senadores e ex-senadores.

Agentes da PF foram aos gabinetes da Polícia Legislativa do Senado, no subsolo da Casa, para coletar provas. Segundo a PF, não estão sendo cumpridos mandados em gabinetes ou endereços de políticos.

Ainda de acordo com a PF, Carvalho “ordenou a prática de atos de intimidação à Polícia Federal, no cumprimento de mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal em apartamento funcional de Senador”.

Carvalho é homem de confiança do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que, segundo sua assessoria, encontra-se em Maceió nesta sexta-feira.

Ao todo, estão sendo cumpridos nove mandados judiciais. O grupo vai responder pelos crimes de associação criminosa armada, corrupção privilegiada e embaraço à investigação de infração penal. Somadas, as penas podem chegar a 14 anos de prisão, além de multa.