Boi gordo: relação de troca com o milho sobe 60% e atinge o melhor patamar em mais de um ano

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Divulgação/Assocon

Boi
Os preços do boi gordo continuam subindo nas principais praças de comercialização do país. Os frigoríficos estão buscando um melhor posicionamento para suas escalas de abate em uma semana mais curta. Com isso, as indústrias ficam ainda mais agressivas na ponta compradora, enquanto que os preços devem continuar subindo também no atacado com a semana de recebimento dos salários.

De acordo com a Scot Consutoria, nesta segunda-feira, dia 4, muitas indústrias ainda aguardavam fora das compras para traçarem as estratégias da semana. Porém, em algumas praças os frigoríficos iniciaram o dia aumentando suas ofertas de compra.

O poder de compra do pecuarista em relação ao milho melhorou 9,3% em agosto, na comparação com julho. Frente ao mesmo período do ano passado compra-se 59,3% ou 2,03 sacas de milho a mais com o valor de uma arroba de boi gordo. É a melhor relação de troca dos últimos treze meses.

No atacado os preços da carne bovina subiram. A reposição entre o atacado e o varejo deve se acelerar nesta semana devido ao aumento do consumo. No entanto, com a economia ainda debilitada, a concorrência com as demais proteínas segue muito acirrada, o que deve atenuar a alta dos preços.

Soja
Devido ao feriado do dia do trabalho nos Estados Unidos, não houve negociações com  a soja na bolsa de Chicago (CBOT) nesta segunda-feira. No entanto, as atenções seguem voltadas para o bom desenvolvimento das lavouras americanas e a perspectiva de safra recorde, além dos sinais de aquecimento da demanda pela oleaginosa norte-americana.

Essa procura maior pelo grão sustentou os preços em Chicago nas duas últimas sessões, reduzindo parte das perdas acumuladas em agosto. O contrato de novembro fechou o mês com uma baixa de 6%.

Nesta terça-feira, 5, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga dois relatórios importantes. O primeiro é sobre os dados de inspeção de exportação semanal, que poderão reforçar o sentimento de boa procura pela oleaginosa do país. O Outro é em relação às condições das lavouras. Nos mais recentes dados, a indicação foi de bom desenvolvimento e pressão sobre as cotações.
 
Aqui no Brasil o mercado ficou paralisado. Sem o referencial de cotações em Chicago os compradores e vendedores se afastaram dos negócios e os preços da soja permaneceram inalterados.

Dólar
O mercado cambial teve um dia fraco de negócios com o feriado nos Estados Unidos. O dólar também foi influenciado por uma tensão com um envolvimento norte-americano num conflito com a Coreia do Norte, que testou mísseis nucleares no final de semana. 

Aqui, a perspectiva de aprovação da Taxa de Longo Prazo (TLP) nos contratos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pelo Senado contribuiu para o desempenho positivo da moeda brasileira. O dólar terminou a segunda-feira com queda de 0,31%, negociado a R$ 3,138.

Milho
O milho em Chicago não operou, por conta do feriado americano. A expectativa para esta semana é em relação à divulgação do relatório de oferta e demanda do USDA, no dia 12 de setembro. Os números não têm que ser iguais aos do crop tour ou qualquer outra instituição. Por isso, a tensão natural de um relatório mensal e, neste caso, de possível redução dos potenciais de produtividade. 

Com o início da colheita de milho nos EUA parece difícil algum forte movimento de alta sem um grande novo indicador. A grande aposta agora está nas exportações semanais, que pode movimentar um pouco o mercado.

No mercado interno o dia foi de preços do milho mais firmes. Segundo o analista da Safras & Mercado, Paulo Molinari, o dia foi de poucas ofertas e já com preocupação em algumas regiões com atrasos nas chuvas. A semana é difícil para a comercialização devido ao feriado e à escassez de fretes.

Café
O mercado brasileiro teve uma segunda-feira de preços do café estáveis. Não houve pregão no dia em Nova York, em função do feriado do dia do trabalho nos Estados unidos, o que tirou do mercado nacional o seu principal referencial. Assim, compradores e vendedores se afastaram das negociações. 

No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa ficou em R$ 450/455 a saca com 15% de catação, estável. No cerrado mineiro, o preço da bebida boa com 15% de catação esteve em R$ 455/465 a saca, inalterado.

Já o conilon tipo 7 safra nova em Vitória, Espírito Santo, teve preço de R$ 408/410 a saca, sem alterações.

Previsão do tempo
A chegada de uma frente fria no sul do país, já causa chuva entre moderada à forte intensidade na metade sul do Rio Grande do Sul. Os maiores acumulados, em 24 horas, estão concentrados na fronteira com o Uruguai e variam entre 20 e 35 milímetros.

 Do Acre até o noroeste do Pará há fortes pancadas de chuva e também muitas descargas elétricas provocadas pelo calor e a alta umidade. Já do Recôncavo Baiano até o leste de Sergipe a chuva é mais fraca, mas já causou acumulados entre 20 e 65 milímetros, também observados nas últimas 24 horas. 

No restante do Brasil, o tempo é mais firme e o frio, mais uma vez, é mais significativo sobre a Serra da Mantiqueira, que fica entre o sul Mineiro e o interior de São Paulo.

Sul
Uma frente fria avança pelo Sul do Brasil no decorrer desta terça-feira. A nebulosidade aumenta e tem previsão de chuva em grande parte do Rio Grande do Sul. Tem risco para temporais, com rajadas de vento e até eventual queda de granizo nas áreas de fronteira com a Argentina. No norte do Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná o tempo segue firme e com temperaturas ainda elevadas. A umidade do ar fica abaixo do ideal no interior paranaense. Nas áreas onde há previsão de chuva, por causa do aumento da nebulosidade e também pela mudança na direção dos ventos, as temperaturas diminuem com relação aos dias anteriores.

Sudeste
Os ventos úmidos que sopram do mar favorecem a umidade no Espírito Santo e a chuva fraca continua a qualquer momento no estado, também não se descartam instabilidades no extremo nordeste mineiro. Nas demais áreas do Sudeste o sol predomina nesta terça-feira. As temperaturas sobem rapidamente em toda região e a umidade relativa do ar atinge valores abaixo dos ideais, principalmente no norte de São Paulo e no centro-oeste mineiro. 

Centro-Oeste
Uma massa de ar seco predomina no interior do Brasil e garante o tempo firme em todo Centro-Oeste do Brasil nesta terça-feira. O sol aparece ao longo do dia e faz com que as temperaturas subam rapidamente. Por causa desse céu aberto, há grande amplitude térmica, ou seja, as temperaturas mais baixas pela manhã e bem elevadas na parte da tarde, além da umidade relativa do ar que fica abaixo do ideal nas horas mais quentes do dia. Com esse tempo seco, aumenta o risco para focos de queimada.

Nordeste
Nesta terça-feira o tempo segue firme em grande parte do Nordeste. Entretanto, tem bastante nebulosidade nas áreas do leste nordestino. Há previsão de chuva a qualquer hora do dia, com destaque para a região do recôncavo baiano e o estado de Sergipe, onde os volumes devem ser elevados. Nestas áreas, as temperaturas não sobem muito, mas nas outras áreas da região o calor e o tempo abafado continuam.

Norte
O tempo segue instável e com chuva no noroeste da região, por causa do calor e da umidade alta que formam as nuvens carregadas. As pancadas ocorrem a qualquer hora do dia, alternadas por períodos de tempo firme e podem ser acompanhadas por descargas elétricas. No sul de Rondônia, sudeste do Amazonas, sul e leste do Pará e no Tocantins o tempo segue firme com as temperaturas elevadas e com a umidade do ar abaixo do ideal.