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Segundo o Jank, a carne de frango é a proteína animal mais consumida pela população brasileira desde 2008 e, em pouco tempo, se tornará a carne mais consumida mundialmente.
– Com o consumo per capita de 42 quilos ao ano, o mercado interno brasileiro absorve 70% da nossa produção – destacou.
No cenário internacional a avicultura brasileira conquistou mercado diferenciado, países islâmicos, denominados mundo Halal, onde a produção de carne atende rigorosas exigências religiosas que vão da criação ao abate.
– O Brasil é o maior exportador de frango Halal. Um mercado estratégico, formado por países que não consomem carne suína, incluindo a Arábia Saudita que importa cerca de 13% da carne de frango brasileira – afirmou.
O dirigente ressaltou que a tendência para o mercado avícola é positiva nos próximos anos. Para manter a competitividade o especialista avalia que a cadeia produtiva enfrenta desafios como protecionismo político e problemas logísticos.
– A população e a renda per capita crescerão nos países emergentes, haverá uma urbanização ainda mais acelerada e há poucos países com recursos naturais, tecnologia, sanidade e disponibilidade de grãos para engrenar neste setor. Não estamos realizando acordos bilaterais como deveríamos fazer. O setor precisa estar atento também às novas preocupações dos consumidores, ligadas ao bem-estar e à sustentabilidade – reforça.
Durante a abertura do evento o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, ressaltou o avanço da avicultura sul-mato-grossense nos últimos anos.
– Este segmento está em constante crescimento e ao mesmo tempo que traz desafios, apresenta muitas oportunidades. Para um avanço ainda maior é necessária a harmonia entre os elos da cadeia produtiva, indústria e produtor, além de uma reorganização do setor – disse Riedel.
Exportações em Mato Grosso do Sul
As exportações de carne de frango ‘in natura’ de Mato Grosso do Sul aumentaram 33,3% no primeiro quadrimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Nos primeiros quatro meses deste ano, os embarques internacionais do Estado acumularam 52,4 mil toneladas, ocupando a 6ª posição no ranking nacional das vendas do setor.
A receita das vendas do período ficou em US$ 115,8 milhões, 22,8% acima do faturamento obtido no mesmo intervalo do ano passado, quando os embarques internacionais do setor renderam US$ 94,4 milhões. Os principais compradores foram a Arábia Saudita e o Japão, com participação de 33,2% e 17,4%, respectivamente.
Os abates de aves somaram no primeiro quadrimestre 51,2 milhões de unidades, com alta de 1,3% frente janeiro e abril de 2013, quando foram abatidas 50,6 milhões de aves.