Exportação de carnes eleva contratações em frigoríficos do Paraná

Durante o primeiro semestre do ano a indústria de carnes do estado contratou 30% mais trabalhadores na comparação com igual período do ano passado, com o saldo positivo de 5.491 postos de trabalho

Fonte: Mauro Werkhauser/Cedido

A indústria de carnes do Paraná contratou 30% mais trabalhadores no primeiro semestre deste ano em comparação com igual período do ano passado, atingindo saldo positivo de 5.491 postos de trabalho. A região oeste do Estado, com forte atuação na avicultura para exportação, foi a que mais gerou emprego no setor, com 47,5% das contratações no primeiro semestre. A região noroeste ficou com 18,7% das vagas. Em terceiro lugar veio o norte central, com 9,76%. 

Os dados são do Observatório do Trabalho do Paraná, da Secretaria estadual do Trabalho e Desenvolvimento Social, com base nos números do Ministério do Trabalho e Emprego, e consideram o abate de aves, suínos, reses e pequenos animais.

A previsão de empresas do setor é que o segundo semestre continue com ritmo forte de emprego nos frigoríficos. Pelo menos três empresas do setor já programam a contratação de 1,5 mil pessoas no interior paranaense, informa a Secretaria da Comunicação Social do Estado, em comunicado. 

O economista Juliano Antonio Rodrigues Padilha, do Observatório do Trabalho, diz que o que se verifica no Paraná é uma concentração da geração de vagas em municípios cuja produção é voltada para exportação. Cidades como Cafelândia, Palotina e Matelândia, no oeste do Estado, foram destaque na geração de empregos.

O Paraná é hoje o maior produtor e exportador de frango do País, responsável por 34% dos embarques da avicultura brasileira. Dentro de cinco anos, o Estado deve responder por 50% das exportações brasileiras de frango, segundo estimativa de Domingos Martins, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar).