Preço do boi gordo sobe R$ 10 em um mês

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Divulgação/Assocon

Boi
O dia foi de alta para o preço do boi gordo nesta quarta-feira,16. A oferta restrita de animais terminados favorece novos ajustes da cotação no curto prazo. As escalas de abates dos frigoríficos já não estão confortáveis como nas semanas anteriores, forçando as indústrias a atuarem de maneira mais agressiva na compra de gado. 

De acordo com a Scot Consultoria, essa dificuldade de compra de matéria-prima, que se arrasta há pelo menos duas semanas, já faz algumas empresas pularem dias de abate ou então trabalhar com ociosidade crescente. 

No mês, os preços da arroba do boi já subiram até R$ 10,50. Em Goiânia (GO), por exemplo, os preços saíram de R$ 113,50 para R$ 124 no fechamento desta quarta-feira. Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP) o valor passou de R$ 125 para R$ 132,50, já Dourados (MS) teve um incremento de R$ 5,50 e Marabá (PA) R$ 6,50. 

O mercado atacadista apresentou preços estáveis. A perspectiva ainda é de alguma alta nos preços no curto prazo, embora o perfil de consumo mais lento durante a segunda quinzena do mês não favoreça reajustes muito consistentes.

Dólar
O dólar encerrou a sessão em baixa frente ao real, após o anúncio dos cortes de gastos do governo, que devem apresentar um rombo de R$ 159 bilhões em 2017 e 2018. Esse valor é abaixo dos RS 170 bilhões que o mercado chegou a especular. A leitura dos analistas financeiros é que esse aumento no déficit expõe a fragilidade fiscal do Brasil, já que o país está repetindo o péssimo desempenho do ano passado.

Já o cenário externo melhorou, diante da redução da tensão política entre os Estados Unidos e a Coréia do Norte. Isso ajudou a segurar o ímpeto de alta do dólar, a despeito do estresse interno. Continua a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), que é o banco central norte-americano, não irá elevar as taxas de juros pelo menos até o final do ano.

O fato é que a economia norte-americana ainda não mostrou o vigor esperado. Além disso, seguem as dúvidas em torno da agenda econômica do presidente Donald Trump e sobre as consequências da política de isolamento externo do país.

Assim, no final do dia o dólar comercial terminou com queda de 0,88%, negociado a R$ 3,147.

Soja
A soja na bolsa de Chicago (CBOT) fechou o dia em alta para o grão. Parte do mercado tentou recuperar as perdas lá fora, amparada por fatores técnicos. O clima segue favorecendo o desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos, com a previsão de chuvas para os próximos dias no cinturão produtor. 

No Brasil o dia foi de pouco movimento. A oleaginosa teve uma sessão volátil em Chicago e o dólar fechou novamente em queda, ajudando na desvalorização dos preços da soja. Os negócios permaneceram escassos, com registro de venda mais expressiva apenas no Rio Grande do Sul.

Milho
O milho registrou preços mais baixos em Chicago. O mercado foi pressionado pela previsão de chuvas favoráveis às regiões produtoras americanas. Estão ocorrendo chuvas em partes de Nebraska e Iowa e são previstas tempestades para a parte leste do cinturão produtor.

A expectativa para esta quinta-feira, dia 17, é em relação aos dados de exportação que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga, principalmente com os novos negócios para a safra 2017/2018 dos norte-americanos.

No mercado interno houve pouca alteração nos preços do milho e o problema com fretes escassos e logística continua dificultando o escoamento as safra. Segundo o analista da Safras & Mercado, o produtor tem fixado pouco milho, com isso há o sentimento de pouca oferta e de mercado ajustado, enquanto os armazéns estão lotados. 

Café
O dia foi de volatilidade para o café arábica na bolsa de Nova Iork (ICE Futures US). O mercado esboçou uma reação, depois das perdas dos últimos dois dias, mas não conseguiu manter a alta e tombou acompanhando o petróleo, as commodities, diante da firmeza do dólar. A rolagem de posições de setembro para dezembro continua e pesa mais que os fundamentos no momento. 

No mercado físico o dia foi de poucos negócios. As seguidas quedas do arábica na bolsa e o dólar fraco diante do real levou uma piora significativa nos preços do café e o mercado ficou parado. O que se observa é a presença forte da indústria no consumo interno e isso está sustentando a base dos cafés mais fracos e os negócios em algumas regiões.

Previsão do tempo
As imagens de satélite mostram bastante nebulosidade entre o estado de São Paulo, sul de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, por conta de um canal de umidade organizado pela frente fria e áreas de instabilidade. Chove com intensidade fraca a moderada em boa parte do estado do Mato Grosso do Sul. 

Chuvas de maior intensidade estão concentradas na porção central do Amazonas e sul do Pará, principalmente devido às instabilidades geradas pela combinação de umidade e calor na região Norte. As regiões Sul, norte do Sudeste e Centro-Oeste e também a região Nordeste estão com tempo mais estável nesta madrugada. 

Sul
A chuva perde intensidade no norte paranaense, mas as pancadas seguem em todo o estado, a qualquer momento e com potencial para descargas elétricas. No litoral norte catarinense o tempo continua fechado, com chuva fraca a qualquer momento. O tempo firme continua, com a presença do sol e poucas nuvens, no Rio Grande do Sul e nas demais áreas catarinenses. Nestas regiões as temperaturas ficam um pouco mais agradáveis. A previsão do tempo indica a possibilidade de geadas no início da próxima semana.

Sudeste
A frente fria continua atuando no Sudeste e mantém as nuvens de chuva espalhadas por São Paulo, Rio de Janeiro e entre o triângulo mineiro e sul de Minas Gerais. Chove a qualquer hora do dia, com elevados acumulados e potencial para transtornos na faixa leste paulista. São esperadas descargas elétricas e os ventos podem ser de moderada intensidade. Por causa do tempo fechado, as temperaturas não variam muito ao longo do dia. No Espírito Santo e nas demais áreas mineiras o sol predomina com poucas nuvens e não há previsão para chover.

Centro-Oeste
Entre Goiás e o leste de Mato Grosso o tempo continua firme com o sol predominando. Em Mato Grosso do Sul e no oeste de Mato Grosso áreas de instabilidade seguem atuando, por causa da presença de uma área de baixa pressão entre o Paraguai e o Mato Grosso do Sul. Tem previsão para chuva a qualquer hora do dia, com potencial para descargas elétricas. Os volumes de chuva devem ser menores que no dia anterior no interior do estado sul mato-grossense.

Nordeste
A chuva ganha intensidade no litoral leste do Nordeste. Os volumes ficam mais elevados entre o litoral da Paraíba e de Sergipe. O tempo fica mais fechado, mas as temperaturas não devem cair muito. Nas demais áreas da região o tempo segue seco e com as temperaturas bem elevadas e a umidade relativa do ar fica abaixo do ideal nas horas mais quentes do dia.

Norte
Faz sol e calor no Tocantins e no sudeste do Pará, sem previsão de chuva. Nas demais áreas do Norte, as instabilidades formam nuvens carregadas ao longo do dia e chove a qualquer momento, alternado com períodos de tempo firme. Tem risco para descargas elétricas.