Preço do boi gordo já subiu 16% entre agosto e setembro

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Flavia Fiorini / Embrapa Monitoramento por Satélite

Boi
O cenário é de firmeza nos preços do boi gordo. A baixa oferta de animais terminados, resultado do período de entressafra e do baixo volume de animais confinados no primeiro giro do confinamento, colabora para as altas nos preços.

Na última quarta-feira, dia 6, a arroba do macho terminado apresentou alta em São Paulo. O valor já é cotado a R$ 145,50, à vista, livre do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), valor 1,4% maior que o último fechamento. Houve oferta de compra de até R$ 1 acima da referência. Entre agosto e setembro o preço já subiu 16% em Araçatuba (SP).

Do lado da demanda, a primeira semana do mês, quando normalmente a população apresenta maior poder de compra, colaborou para melhores vendas e possibilitou alta nos preços para a carne sem osso. Na média de todos os cortes pesquisados na Scot Consultoria, a alta foi de 3% nos últimos sete dias.

Dólar
A última referência de cotação do dólar foi o fechamento da quarta-feira, quando o câmbio teve uma queda de 0,57%, cotado a R$ 3,103.

Soja
A quinta-feira, dia 7, foi de calmaria para as negociações na bolsa de Chicago (CBOT). Os investidores parecem ter aderido ao feriado brasileiro, se afastando do mercado. A notícia que mais movimentou os bastidores do dia foi o anúncio da União Europeia com intenções de voltar a comprar o biodiesel argentino, impulsionando as exportações do país.

De acordo com a consultoria AgResource, os mapas climáticos para o cinturão agrícola e norte das planícies pouco se alteram das leituras passadas. Chuvas escassas e sem sinais de precipitações generalizadas é o cenário para os próximos 15 dias nas principais regiões produtoras do país.

A expectativa desta sexta-feira, 8, gira em torno dos dados de exportação semanal americana. Nos últimos relatórios divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), houve uma sinalização de demanda da China mais aquecida.  No acumulado do ano safra, os embarques norte-americanos estão em 57,7 milhões de toneladas, contra 51,5 milhões de toneladas.

Milho
O milho fechou com baixas de mais de 1% na bolsa de Chicago. Alguns analistas indicam a que a baixa aconteceu devido ao embolso de lucros, após as recentes altas do grão na semana. Além disso, houve uma diminuição  das preocupações em relação ao clima nos Estados Unidos e ao furacão Irma. O vencimento de dezembro deste ano caiu 1,6% e fechou cotado a US$ 3,55 o bushel.

Café
O café na bolsa de Nova Iork (ICE Futures US) fechou o dia com cotações mais altas. O mercado teve uma reação técnica, de acordo com os analistas.

Previsão do tempo
A madrugada desta sexta-feira, dia 8, começa com chuva no Amazonas, em forma de pancadas espalhadas por todo o estado e com a presença de descargas elétricas. Também chove, mas com intensidade fraca na Paraíba e na fronteira com o Rio Grande do Norte. No Centro-Sul do país predomina uma massa de ar mais quente e seca, porém com nebulosidades dispersas, associadas a instabilidades sobre o Paraguai e Uruguai. Estas instabilidades ocorrem devido ao transporte de um ar quente e úmido da Amazônia para o sul, além da presença de uma frente fria que se aproxima do Rio Grande do Sul, formando uma região de bastante instabilidade. Próxima à fronteira com o Uruguai, há bastante chuva e descargas elétricas, mas apenas chove de maneira fraca no extremo sul do país.

Sul
Nuvens carregadas se espalham pela metade sul do Rio Grande do Sul e que provocam chuva intercalada a períodos de melhoria com rajadas de vento de moderada a forte a intensidade. No restante do estado, em Santa Catarina e no Paraná o sol predomina e a sensação ainda é de forte calor, especialmente à tarde. O destaque passa a ser a condição para ventos fortes ao longo de toda a costa da região Sul, algo que ameniza as altas temperaturas. Estes ventos favorecem recuo da maré no litoral catarinense.

Sudeste
O tempo seco continua no Sudeste. Um bloqueio atmosférico mantém o tempo firme, a presença do sol e as temperaturas elevadas em toda região. A umidade relativa do ar fica abaixo do ideal no centro-oeste paulista e no interior de Minas Gerais. Há um pouco mais de nebulosidade e ventos fortes no litoral sul do estado de São Paulo, mas não há expectativa de chuva. Já no Espírito Santo os ventos úmidos que sopram do mar contra a costa favorecem o aumento da nebulosidade e eventual chuva fraca.

Centro-Oeste
Ainda há a atuação de um bloqueio atmosférico que mantém o tempo firme e a presença do sol no Centro-Oeste. As temperaturas sobem rapidamente ao longo do dia e a sensação de calor e tempo abafado aumenta bastante. A umidade relativa do ar atinge valores críticos. Apenas no noroeste de Mato Grosso é que tem mais umidade e as nuvens carregadas se formam ao longo do dia, mas alternadas por períodos de tempo firme, o que aumenta bastante a sensação de tempo abafado.

Nordeste
A chuva na faixa leste do Nordeste continua a qualquer hora do dia entre o sul da Bahia e o Rio Grande do Norte, tanto no litoral como no agreste. Não se descarta chuva forte, de maneira pontual na área entre Salvador (BA) a Maceió (AL). Chove de forma isolada, mas com mais períodos de sol entre o norte do Maranhão e o Ceará. No interior nordestino o tempo segue firme, com a presença do sol e as temperaturas elevadas. A umidade do ar fica abaixo do ideal nas horas mais quentes do dia nestas áreas e a condição para novos focos de queimada aumenta.

Norte
O tempo segue instável na maior parte norte da região, com previsão de pancadas de chuva a qualquer momento entre Roraima, Amapá, norte do Amazonas e do Pará. O sol aparece, mas as pancadas, acompanhadas por descargas elétricas, ocorrem alternadas por períodos de tempo firme. Nas demais áreas o tempo segue firme por conta de uma massa de ar seco com sol, poucas nuvens, temperaturas elevadas e baixa umidade relativa do ar.