Reposição: preços do bezerro sobem 5% em agosto

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agrícola e previsão do tempo para começar o dia bem informado

Fonte: Secretaria de Agricultura-SP/divulgação

Boi
Os preços do boi gordo ficaram entre estáveis e mais altos nesta segunda-feira, dia 11. A expectativa é de continuidade do movimento de alta, já que as indústrias permanecem com escalas bastante encurtadas. A oferta de animais permanece restrita e esse quadro tende durar até o último trimestre, quando o segundo giro de confinamento deve colocar mais animais no mercado.

Enquanto isso, a retomada de certo nível de otimismo para a arroba de bovinos terminados se estende à reposição, melhorando o volume de negociações de troca e promovendo reajustes para todas as categorias. De acordo com a Scot Consultoria, o bezerro teve incremento de 5,2%, o garrote 4,8% e o boi magro 3,1% no mês de agosto. A empresa indica que o poder de compra vigente para o recriador pode ser considerado bom.

Os preços da carne bovina ficaram mais altos no atacado. O viés segue de alta até o final desta semana, ainda com níveis de consumo aquecidos pelo recebimento dos salários, ao mesmo tempo em que os estoques dos frigoríficos são enxutos.

Em relação às exportações da carne bovina, houve um crescimento de 34% nos embarques em agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado registrado representa o melhor desempenho desde outubro de 2013.

Hong Kong continua sendo o principal importador da carne bovina brasileira, responsável pela compra de 34,5 mil toneladas , seguido por Egito, que importou 23 mil toneladas e China, com 18,5 mil toneladas.

Para a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) o mercado externo está atravessando um momento muito favorável ao produto brasileiro e está sendo aproveitado por quase todos os países exportadores que estão elevando suas vendas.

Dólar
Na cena externa, as atenções ficaram voltadas para os dados de danos causados pelos furacões nos Estados Unidos. “Há uma visão menos preocupante, pois esperava-se um gasto de US$ 200 bilhões com a recuperação da Flórida após o furacão Irma, agorafalam em gastos entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões. Haverá menos impacto na atividade econômica”, comentou o operador de câmbio da H.Commcor, Cleber Alessie. Além disso, o mercado segue atento aos possíveis testes com mísseis na Coreia do Norte.

No Brasil os investidores segue de olho nos desdobramentos do caso JBS e segue com expectativas em relação à reforma da previdência. Diante disso o dólar comercial fechou negociado a R$ 3,105.

Já o índice da bolsa de valores de São Paulo (Ibovespa) atingiu o maior patamar da história e fechou a 74.319 pontos.

Soja
A soja na bolsa de Chicago (CBOT) teve um dia de variações entre o campo positivo e o negativo. O mercado aguarda o relatório mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de oferta e demanda que será divulgado na tarde desta terça-feira, dia 12. A expectativa dos analistas é que a entidade americana diminua a estimativa de produção na safra 2017/2018 e corte também os estoques.

Operadores de mercado consultados pelas agências internacionais esperam que a safra fique em 117,57 milhões de toneladas, contra 119,2 milhões de toneladas em agosto. Na safra anterior os americanos colheram 117,19 milhões de toneladas. Para os estoques dos Estados Unidos, há uma projeção de redução em ambas as safras.

O mercado também deve levar em conta as informações de condição das lavouras do país. O USDA informou nesta segunda-feira que 60% da safra estava em boas ou excelentes condições, contra 61% na semana passada. 28% estão em situação regular e 12% em condições ruins e muito ruins.

No Brasil o dia foi de lentidão na comercialização. Os preços da soja tiveram oscilação mista, recuando em boa parte das regiões.

Milho
O grão registrou preços levemente mais altos na bolsa. Em uma sessão marcada pela volatilidade, o mercado chegou a operar em queda, avaliando o fraco desempenho das exportações norte americanas. 

De acordo com o USDA, os embarques do milho chegaram a 662 mil toneladas na semana encerrada no dia 7 de setembro. Na semana anterior as exportações atingiram 817 mil toneladas e no mesmo período do ano passado 1,3 milhão de toneladas. 

Para esta terça-feira o mercado aguarda o relatório de oferta e demanda. O consenso é de um estoque de mais baixo, porém o corte já estaria absorvido pelo mercado. Enquanto isso a colheita do cereal avança 5%, de acordo com o ano passado, e a previsão de chuvas em algumas localidades do meio-oeste ajudam as lavouras mais tardias.

Em relação à condição das lavouras, até 10 de setembro, 61% estavam entre boas e excelentes condições, 26% em situação regular e 13% em condições entre ruins e muito ruins. Não houve alteração quando comparado à semana anterior.

Já no Brasil o dia foi de preços do milho mais firmes. O produtor agora está preocupado com o clima, com o atraso das chuvas em regiões produtoras e está fixando pouco na comercialização, o que garante a sustentação das cotações. 

Café
As cotações do arábica na bolsa de Nova Iork (ICE Futures US) subiram diante de fatores técnicos, em uma sessão em que o mercado passou boa parte do tempo buscando melhor direcionamento e notícias. O dólar fraco contra o real e a valorização do petróleo puxaram para cima as cotações. O mercado ainda avaliou os números das exportações brasileiras, que em agosto subiu 27,4% na comparação do mês anterior, segundo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). 

No mercado interno o dia foi de lentidão e preços do café pouco alterados. O comprador aparentemente segue abastecido com as entregas antecipadas e o produtor rural continua com uma expectativa de uma correção positiva nas cotações, diante dos sinais de safra menor no Brasil esse ano. A longa estiagem junto às altas temperaturas no Sudeste do Brasil pode afetar as floradas da safra 2018 e gerar novo ponto de alta para o mercado. 

Previsão do tempo
Pancadas de chuva generalizadas acontecem no Acre, Amazonas, Pará e extremo norte do Mato Grosso. Também chove no nordeste do país. Em contraste, o interior do país continua bastante seco e com tempo firme, devido à presença do bloqueio atmosférico no oceano pacífico. 

No Sul, uma frente fria começa a se afastar para o oceano e deixa nebulosidade na região, além da presença de um corredor de umidade da Amazônia, que favorecem pancadas de chuva isoladas na fronteira do Rio Grande do Sul com Santa Catarina.

Sul
Uma frente fria se afasta em direção ao oceano, porém áreas de instabilidade que vêm a partir de um corredor de umidade da Amazônia, ainda ajudam a espalhar chuva. Há previsão de pancadas desde o Rio Grande do Sul, maior parte de Santa Catarina e também no sul e oeste do Paraná. O excesso de nuvens já não deixa a temperatura tão alta quanto nos dias anteriores no Rio Grande do Sul. No final do dia o frio aumenta especialmente nas áreas de fronteira com o Uruguai, mas por enquanto sem extremos.

Sudeste
O calor continua no Sudeste. Apesar de alguma nebulosidade se formar no litoral paulista, ainda não há tendência de mudança no padrão atmosférico da região e o dia será ensolarado e quente na maior parte dos estados. Já os ventos que sopram do mar no Espírito Santo ajudam a manter mais umidade no ar e fornece condição para pancadas de chuva isoladas que se estendem até o nordeste mineiro.

Centro-Oeste
A ação de um corredor de umidade da Amazônia que chega até uma frente fria no Sul do País favorece aumento da nebulosidade e ventos moderados no oeste da região. A chuva ainda é muito isolada, atingindo uma ou outra cidade, mas vem com trovoadas e eventual rajada de vento. Em outras áreas do Centro-Oeste, nada muda. Em Goiás e Distrito Federal, o calor persiste, assim como a baixa umidade relativa do ar.

Nordeste
Nada muda no padrão do tempo no Nordeste. Apenas no interior da Bahia é que a nebulosidade aumenta, mas não provocam chuva. Já as pancadas se espalham em toda a faixa litorânea e agreste, com destaque para a área entre o recôncavo baiano e Sergipe. 

Norte
Chuvas fortes ainda são esperadas para todo o Amazonas, Acre e Roraima, devido às áreas de instabilidades tropicais sobre a região. Até o final do dia, a chuva também chega a Rondônia. Já no sudeste do Pará e Tocantins o dia será de predomínio de sol e altas temperaturas. Aliás, há quatro meses que não cai uma gota d’água sequer sobre Palmas (TO) – o período de estiagem mais longo de pelo menos 17 anos.