Fruticultura: produtividade cresce 10% no Triângulo Mineiro

Segundo especialista, a adoção de tecnologias é um dos principais motivos para o aumento na produção por hectare

Fonte: Pixabay/divulgação

A produtividade por hectare na região de Uberlândia (MG) aumentou 10% em 2017 frente ao ano anterior, segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). O grande campeão foi o abacaxi, com cerca de 33 toneladas por hectare. Várias outras culturas, como manga, goiaba e mamão, produziram uma média de quase 30 toneladas por hectare.  

Osvaldo Pereira Marques, técnico da Emater, conta que o crescimento é resultado da adoção de novas tecnologias. “Às vezes não tão novas, mas que não estavam utilizando antes, como análise de solo nas adubações, calagem de acordo com os resultados das análises, irrigação; uma série de tecnologias que tem incrementado a produtividade”, explica.

A área de 40 hectares na propriedade do Márcio de Souza Miguel, no distrito Cruzeiro dos Peixotos,  está bem mais colorida. Hoje, em vez dos bois, são as frutas as responsáveis pela renda do produtor, que cultiva limão, manga, abacate, tangerina e até tamarindo.

“Eu tenho uma produção escalonada. Vendo manga desde meados de outubro até final de março. Tangerina e limão eu fico um bom tempo no mercado, e isso me possibilita racionalizar bem a mão de obra e ter uma atividade o ano inteiro, diversificada”, conta Miguel.

No ano passado, quando o país ainda estava em recessão, o consumo foi positivo e animou os produtores. Com isso, além da demanda e boa produtividade, a área plantada também começou a aumentar, crescendo 4% em 2017.

O campeão de crescimento de área plantada no cerrado mineiro foi o abacate. Só na cidade de Uberaba o aumento foi de 40%. Antes inexpressiva no Triângulo Mineiro, a cultura já soma quase mil hectares.

Miguel percebeu essa demanda do mercado consumidor. A área recente destinada ao plantio da fruta deve crescer em breve. “Estou desenvolvendo mudas próprias, aqui mesmo na fazenda, e acredito que vou ter uma variação na época de produção. São novidades que ainda não estão no mercado”, diz.