Leite: sistema garante aumento de produtividade

Segundo os técnicos, é possível dobrar a produtividade por vaca com a implantação do sistema que envolve confinamento contínuo

Fonte: reprodução

Uma cooperativa de Santa Catarina está desenvolvendo um projeto para aumentar a produtividade dos pecuaristas de leite. A iniciativa, que conta com assistência técnica completa, tem o objetivo de criar condições para aumentar a renda dos produtores familiares, substituindo o modelo tradicional de produção à pasto pelo sistema de confinamento do gado em tempo integral.

“Entendemos que é um projeto inovador, que vai reduzir muito a mão de obra e o jovem poderá ficar na propriedade. Outro ponto importante está na produção, pois as condições em que os animais vivem hoje são ruins e variáveis, mas como eles estarão em um ambiente condicionado com o controle reprodutivo feito pela nossa equipe, terá ganhos em produtividade, tendo uma gestão aprimorada na reprodução”, disse o gerente de leite da Copérdia, Flávio Durante.

Segundo os técnicos, é possível dobrar a produtividade por vaca com a implantação do sistema. O objetivo é aumentar a produção e a qualidade do leite por meio do bem-estar animal. “O animal vai se encontrar em seu habitat natural, porque ele vai estar sobre o composto e contará com uma ventilação especial que proporciona ao animal condição de produzir mais leite”, disse Cleiton Dahmer, assessor técnico do Projeto Leite Mais.

Até agora, dez produtores já aderiram ao projeto e a expectativa é que o número aumente ao longo do ano.A cooperativa responsável pela ideia vai oferecer assistência técnica, mas o investimento fica a cargo do produtor. O valor, segundo os técnico, varia de acordo com o número de animais da propriedade.

“Ao produtor que tiver  interesse em participar do projeto, nosso departamento técnico vai reunir com a família, começar a coletar os dados e fazer uma análise de viabilidade econômica. Se esses dados mostrarem que não é possível fazer investimentos, nós orientamos. Caso seja viável, vamos prosseguir com o projeto”, contou Flávio.

A divulgação do sistema foi feita durante a TecnOeste, feira de tecnologia do oeste catarinense. A cooperativa propõe que a intensificação da atividade seja feita por meio do Compost Barn, onde os animais ficam alojados em um barracão com uma enorme área de descanso, revestida com serragem e esterco compostado. O ambiente é refrescado com ventilador no teto, que são instalados junto com jatos d’água.

“O projeto prevê que ele se paga dentro de cinco ou seis anos. O investimento é viável tanto para o pequeno como para médio e grandes produtores”, concluiu Dahmer.