Milho ajuda agricultor a elevar produção de soja em 20%

Agricultores do Sul do país buscam tecnologia na Copercampos para conseguir maior produtividade

Fonte: Pixabay/divulgação

Que produtor de soja não quer aumentar a produtividade da lavoura? Em Campos Novos (SC), durante a 22ª edição do Dia de Campo Coopercampos, agricultores da região Sul aprenderam como colher mais soja na mesma área usando um “novo insumo”: o milho.

Em uma região onde a produtividade não passa de 55 sacas por hectare, o produtor Leandro Hasse colhe 80. Agricultor no município catarinense de Ituporanga, ele está otimista para este ano, esperando produção 20% maior que na última safra. O segredo está, entre outras coisas, no manejo da cultura. 

“(É preciso) Sempre fazer um bom manejo de solo, intercalando com outras culturas e quebrando o ciclo de pragas e doenças. Tentamos pegar semente de boa procedência, de uma empresa idônea. Variedades adaptadas para a região também, isso tudo ajuda nas boas produtividades”, conta. 

Em encontro com produtores da região Sul, durante o segundo dia da Coopercampos, o engenheiro agrônomo Bernardo Tisot falou sobre alguns aspectos que o produtor precisa observar, se deseja colher mais. 

“Tendo uma boa nutrição, precisa-se ter também um bom perfil de solo, o aproveitamento da água da chuva tem que ser realizado. E junto a isso saber também designar cada cultivar para o seu talhão. Nós temos como manejar cada material quase como se fosse uma cultura diferente, para poder aperfeiçoar todo o potencial que ele tem”, analisa.

O que também pode ajudar a aumentar muito a produtividade da soja, em até cinco sacas por hectare, é a rotação com o milho. Só que na região Sul, menos de 10% dos produtores fazem isso

Leandro Hasse já adota a prática, mas não em toda a safra. Da mesma forma que a maioria dos produtores, ele prioriza a rentabilidade. 

“Se o ano está favorável, realmente tem um retorno financeiro bom com o milho, fazemos rotação com o cereal. Caso contrário, o normal da região é o trigo mesmo”, diz Hasse. 

Segundo ele, isso diminui problemas de pragas e doenças, principalmente as radiculares. “São inúmeros os pontos que podem fazer com que o produtor supere o fator econômico, que é o que geralmente é levado em conta no momento da decisão”, afirma.