Ministério da Agricultura pede mais dinheiro ao governo para incentivar a produção

Neste ano, recurso liberados para apoio à comercialização foram de apenas R$ 1,2 bilhão. Já o seguro rural conta com R$ 410 milhões

Fonte: Mapa/divulgação

O Ministério da Agricultura (Mapa) tem como meta disponibilizar R$ 550 milhões para subvenção ao seguro rural em 2018, além de R$ 1,5 bilhão para apoio à comercialização. Para isso, o órgão recorreu à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) para garantir emendas que reforcem o volume de recursos destinados ao aghronegócio. O secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, diz que esses são os valores mínimos para atender às demandas do setor.

“Historicamente, tínhamos um orçamento de R$ 2,7 bilhões, e esse recurso caiu muito no ano passado. Estamos trabalhando para retomar a pelo menos R$ 1,5 bilhão ou R$ 1,4 bilhão, se tiver necessidade de intervir e garantir o preço mínimo para o produtor”, diz Geller.

Com o corte de recursos promovido pelo governo federal para o próximo ano, apenas R$ 1,2 bilhão foi liberado para apoio à comercialização e R$ 410 milhões garantidos para o seguro rural. O presidente da FPA, Nilson Leitão, afirma que os deputados vão propor alterações para garantir o recurso extra. “A comissão de agricultura vai apresentar as emendas, mas vamos tentar convencer a relatoria para que elas sirvam também para estruturação do setor”, afirma.

Mesmo com a promessa de emendas, a bancada ruralista mostrou desconforto com o pedido de verba feito pelo Mapa. Geller defende que o governo deveria valorizar a pasta, que é responsável por um dos principais setores da economia. “A agricultura brasileira é o que está segurando nossa balança comercial”. Ele também ressalta a importância do governo, no atual momento do país, entender que quanto mais investimento no agronegócio, mais rapidamente haverá retorno. “Não é inteligente por parte do governo deixar de investir num setor como este”, diz.

Segundo o secretário, o Mapa está bastante satisfeito com o governo, pois, dentro das condições financeiras e limitações orçamentárias, “tudo o que foi prometido ao setor, tudo que foi encaminhado, tem sido cumprido do ponto de vista da política agrícola”, afirma.