As condições climáticas contribuíram e o plantio de soja segue acelerado nas principais regiões produtoras. A estimativa é de que a área plantada apresente um pequeno aumento em todo país, realidade motivada pelo recuo do preço da commoditie no mercado internacional, alto custo de produção e restrição ao crédito.
Já pensando no plantio do milho safrinha, muitos produtores querem aproveitar a terra úmida e acelerar o ciclo da soja. Pensando nisso, os irmãos Rodrigo e Roberto Felippe esperaram apenas o final do vazio sanitário para autorizar o uso da plantadeira na propriedade localizada em São Miguel Arcanjo, no interior de São Paulo.
“Quando seca a terra, já não nasce direito. Se não tiver previsão de chuva, tem que aproveitar a umidade, tem que trabalhar a noite e correr contra o tempo”, disse Rodrigo Felippe.
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Toda essa pressa é para garantir um ciclo de soja adiantado, já que os irmãos estão de olho mesmo é no milho safrinha que começa a ser plantado em janeiro. “Eles estão acelerando o plantio da soja pra ter um nível de tranquilidade na colheita, para entrar com o milho safrinha em alta produtividade. A gente tem um espaço de tempo e, se a gente alonga esse tempo, o milho safrinha não responde aquilo que ele tem que responder”, avaliou o consultor Carlos Eduardo de Amatos.
Safra 2016/2017
Assim como esses produtores, que optaram em não investir muito na soja, as principais regiões produtoras também devem apresentar um tímido avanço na safra 2016/2017. Nas estimativas mais recentes, a FCStone e a consultoria Safras & Mercado preveem um crescimento de 0,9% na área plantada se comparada à temporada passada, o que dá um pouco mais de 33 milhões de hectares semeados.
“Não tem muito incremento de área (…). Aqui no estado de São Paulo, por exemplo, não teve a substituição da cana de açúcar pela soja e não teve esse incremento. Então, eu acho que vai ter um ganho de áreas no máximo de 4%, não vai mais do que isso não”, disse Amatos.
