Quem fez CAR terá prioridade ao pegar crédito para Plano Safra, diz Banco do Brasil

No lançamento da versão 2016/2017 do programa, que oferta R$ 101 bilhões a produtores e cooperativas, presidente do banco afirma que estar em dia com legislação ambiental facilita concessão de crédito

Fonte: Rafael Walendorff/Canal Rural

O Banco do Brasil lançou nesta terça, dia 5, o Plano Safra 2016/2017 da instituição. O montante total de recursos ofertados será de R$ 101 bilhões, entre agricultura empresarial e familiar. O vice-presidente do banco, Osmar Dias, afirma que as operações de custeio devem ser feitas sem grande dificuldade. Mas alertou que quem já fez o Cadastro Ambiental Rural (CAR) terá prioridade na hora de tomar crédito emprestado.

Segundo Dias, estar em dia com a legislação ambiental do país é um facilitador para as operações. “É bom que os produtores façam logo o CAR, porque já tivemos duas prorrogações”, disse.

Do volume total ofertado no Plano Safra, R$ 10 bilhões serão destinados a empresas e R$ 91 bilhões para crédito rural a produtores e cooperativas. Agricultores familiares terão R$ 14,6 bilhões, médios produtores R$ 15,3 bilhões e a agricultura empresarial R$ 61,1 bilhões. Agricultores familiares terão R$ 14,6 bilhões, médios produtores R$ 15,3 bilhões e a agricultura empresarial R$ 61,1 bilhões. 

Do total de recursos para produtores e cooperativas, R$ 71,1 bilhões se referem a operações de custeio e comercialização e R$ 19,9 bilhões são específicos para créditos de investimento agropecuário. Segundo o anúncio, 93% dos recursos apresentam taxas de juros controladas.

Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural) –  R$ 15,3 bilhões, aumento de 7% em comparação ao valor desembolsado na safra 2015/2016; 

Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) – R$ 14,6 bilhões, aumento de 8% sobre o valor realizado na safra anterior;

Pronaf Mais Alimentos – R$ 6,2 bilhões para aquisição de máquinas;

ABC (Programa Agricultura de Baixo Carbono) – R$ 2,2 bilhões;

Armazenagem – R$ 1 bilhão por meio do Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA);

Inovagro (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária) – R$ 1 bilhão;

Moderfrota – R$ 3,8 bilhões para operações de investimento por meio do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota);

Empresas do Agronegócio – R$ 10 bilhões para as empresas da cadeia do agronegócio.

Os recursos tiveram aumento de 10% em relação ao que foi desembolsado na safra 2015/2016, quando o número final foi de R$ 82,3 bilhões. Segundo o BB, os recursos que forem captados através das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) para custeio serão ofertados a juros de 12,75%. O banco estima um montante na ordem de R$ 6 bilhões, já o Ministério da Agricultura calcula cerca de R$ 10 bilhões.

Além da apresentação destes números, o Banco do Brasil anunciou a implantação de três agências especializadas no agronegócio em todo o Brasil. A solenidade aconteceu Brasília (DF) e teve a presença do vice-presidente de Agronegócios, Osmar Dias, do diretor de Agronegócios do BB, José Carlos Reis, e de representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“Atender produtores, cooperativas e indústrias a juros de 12,75%. É muito barato se comparado com 24% que as pessoas encontram quando vão no mercado”, frisou Osmar Dias.

O Banco do Brasil é responsável por mais de 60% dos financiamentos do sistema nacional de crédito rural e o agronegócio responde por 21,5% de toda a carteira de negócios da empresa.

O Mapa vai destinar R$ 185 bilhões em crédito para a agricultura e a pecuária nPlano Safra 2016/2017. As taxas de juros estipuladas pelo governo variam de 9,5% a 12,75%.