Soja: Chicago tem terceiro pregão em queda

Demanda pela oleaginosa começa a ficar sem sustentação e preços praticados no exterior perdem firmeza

Fonte: Cláudio Nonaca/Embrapa

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira, dia 1º, em baixa pela terceira vez seguida. A indicação de que os importadores começam a negociar soja da América do Sul tira força dos contratos negociados nos Estados Unidos. Ainda assim, confirma-se a previsão de analistas de que a soja pode chegar a US$ 11 por bushel, mas ainda não tem força para se manter neste patamar.
 
Aqui no Brasil, apesar da alta acentuada do dólar, o ritmo dos negócios com soja seguiu lento. Além da baixa em Chicago, a queda nos prêmios de exportação contém qualquer reação mais consistente, relata a Safras & Mercado.
 
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Janeiro/17: 10,29 (-2,50 centavos)
Março/17: 10,39 (-3,50 centavos)
 
Soja no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Passo Fundo (RS): 79,50
Cascavel (PR): 76,00
Rondonópolis (MT): 69,00
Dourados (MS): 71,00
Porto de Paranaguá (PR): 80,00
Porto de Rio Grande (RS): 81,50
 
Milho
 
No mercado brasileiro de milho, os produtores começam a diminuir a intenção de venda em determinados estados, justamente o caso de São Paulo, testando a posição dos estoques dos principais consumidores do mercado, destaca a Safras & Mercado. O movimento de alta na BM&FBovespa e a desvalorização do real são os principais fatores para justificar esse quadro.
 
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou as operações de hoje com preços mais baixos. O mercado acelerou as perdas, em meio ao fraco desempenho das vendas semanais do cereal.
 
Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) (US$ por bushel)
Março/17: 16: 3,42 (-6,00 centavos)
Maio/17: 3,50 (-5,75 centavos)
 
Milho no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)

Rio Grande do Sul: 42,00
Paraná: 34,00
Campinas (SP): 37,00
Mato Grosso: 27,00
Porto de Santos (SP): 33,00
Porto de Paranaguá (PR): 36,50
 
Café
 
O mercado físico brasileiro de café teve uma quinta-feira de preços mais baixos para o arábica e estabilidade no conilon. A queda no exterior pressionou as cotações internas do arábica e travou a comercialização. As cotações na Bolsa de Nova York despencaram no dia diante da forte subida do dólar contra o real, que é fator de estímulo e competitividade às exportações brasileiras.
 
Café arábica em Nova York (centavos por libra-peso)
Março/16: 144,90 (-5,70 pontos)
Maio/17: 147,20 (-5,70 pontos)
 
Café conilon (robusta) em Londres (US$ por tonelada)
Janeiro/17: 1990,00 (-36,00 dólares)
Março/17: 1983,00 (-37,00 dólares)
 
Café no mercado físico (R$ por saca de 60 kg)
Arábica/bebida boa – Sul de MG: 540-545
Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: 540-545
Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: 460-475
Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): 475-478
 
Dólar e Bovespa

 
O dólar subiu 2,33%, cotado em R$ 3,466, na maior cotação desde 15 de junho. Já o índice Bovespa caiu 3,88%, aos 59.506 pontos.