Pequenas vinícolas, microcervejarias e produtores de cachaça artesanal aderiram ao modelo de tributação Simples Nacional. O limite de faturamento foi ampliado para quase R$ 5 milhões e a novidade já traz benefícios aos pequenos produtores de vinho da Serra Gaúcha.
Em Bento Gonçalves, uma das propriedades aderiu ao modelo logo após o anúncio. A empresa familiar festejou a diminuição dos custos tributários e a desburocratização da atividade. Segundo a diretora da vinícola, Bruna Cristófoli, se a lei estivesse em vigor há mais tempo, ela teria economizado pelo menos R$ 35 mil do total que foi pago em 2017.
“O Simples é muito importante para as vinícolas, cervejarias e cachaçarias porque ele desburocratiza o negócio com a redução de carga tributária, dando um pouco mais de fôlego para a empresa. Isso gera competitividade para encararmos os desafios que é vender vinho para um país tão grande quanto o Brasil”, disse.
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Com a desoneração, a empresa familiar pode se organizar e investir mais na vinícola. “Nós direcionamos os recursos para oferecer melhores produtos para as pessoas. Facilita muito na hora da folha de pagamento, também, já que há uma redução nos valores que a gente pagava quando era lucro presumido e isso faz com que a gente reverta em benefícios aos nossos clientes, como frete incluso em compras na loja”, disse Bruna, que já pensa em contratar mais pessoas para trabalhar na atividade.
Preço
Com todas essas mudanças, alguns consumidores acabam achando que o preço do produto final vai cair, mas o representante do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Dirceu Scottá
“Essa adesão ao simples aumenta a competitividade para as empresas, mas agora é difícil de precisar se teremos realmente preços menores no mercado, já que é uma política de cada empresa. O que pode acontecer é que elas parem de repassar os aumentos, pois pelo que estamos vendo essa empresas que adotaram o simples estão mantendo os preços antigos, mas evitando um repasse da inflação, o que já significa um ganho para o consumidor”, falou.
