Mercado internacional aguarda relatório do USDA

Semana não deve apresentar grandes variações na Bolsa de Chicago, tendência é que o câmbio tenha influencia maior nos preços do Brasil

Fonte: Jecson Schmitt/Arquivo Pessoal

O mercado de soja nesta semana não deve apresentar grandes altas, pelo menos até a divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) nesta sexta, dia 11. Em entrevista ao Mercado & Companhia, o consultor Vlamir Brandalizze acredita que o impacto nos preços da oleaginosa deverá vir da variação do dólar.

– Não haverá grandes alterações nesta semana. Os números esperados pelo USDA são um pouco menores dos apresentados em agosto. Nós teremos mais agitação no câmbio, em decorrência da crise econômica, do que nas cotações em Chicago – explica.

Por ser um produto de exportação, Brandalizze acredita que as constantes altas da moeda norte-america têm beneficiado mais o produtor do que prejudicado. Segundo ele, a produtividade vai fazer a diferença entre o lucro e o prejuízo.

– O produtor tem que está consciente de que os custos de produção dele estão vinculados ao dólar. O dólar ainda é benéfico, vai ser a salvação da safra e viabilizar a safra em todas as regiões. Se o câmbio estivesse abaixo dos R$ 3,00, isso inviabilizaria o produtor. Por isso que a produtividade fará a diferença, não é mais possível o produtor trabalhar com 40 a 45 sacas por hectare. Tem que colher mais – ressalta.

Já o presidente do Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde, Carlos Alberto Simon, não demonstra tanto otimismo. Segundo ele, os custos de produção na região subiram cerca de 20%. Simon afirma que as contas de sua propriedade não estão fechando neste momento.

– Está muito difícil trabalhar com esse câmbio e Chicago derretendo. As nossas contas de soja não fecha hoje. É só fazer as contas do dólar com os gastos da propriedade – justifica.

Confira a entrevista do consultor Vlamir Brandalizze:

Confira a entrevista do presidente do Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde: