A área plantada com soja 2015/2016 atinge nesta semana 3% da área estimada, informa a AgRural. O Paraná, favorecido pelas chuvas, lidera os trabalhos, com 16% da área prevista para o estado.
Conforme a consultoria, em Mato Grosso, pancadas esparsas atingiram o norte, o oeste e pontos do sul, mas não foram suficientes para dar ritmo ao plantio, que está em 2%, contra 5% há um ano.
– Na região de Nova Mutum, alguns receberam até 50 mm e aproveitaram para semear, mas há casos de atraso na entrega de insumos. Em Campo Novo do Parecis, só quem recebeu boas chuvas e pretende plantar algodão depois da soja entrou em campo – diz a AgRural em relatório divulgado nesta sexta, dia 2.
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No sul mato-grossense apenas pancadas irregulares foram reportadas e o plantio segue lento.
Ainda conforme a consultoria, em Mato Grosso do Sul 3% da soja está plantada.
– O sul do estado foi a região mais beneficiada pelas chuvas desta semana. Em Dourados, o acumulado chegou a 90 mm e, em alguns talhões, a umidade chegou a impedir o avanço das plantadeiras. No norte, os volumes foram menores e o plantio segue lento – afirma a consultoria.
Em Goiás, 1% da área está plantada. Segundo a AgRural, as chuvas têm sido esparsas e apenas algumas áreas na região de Mineiros e Jataí receberam sementes.
Comercialização
A comercialização antecipada da safra 2015/2016 de soja avançou 7 pontos porcentuais (pp) em um mês, alcançando 37% em setembro. Há um ano, apenas 13% da safra que estava sendo semeada havia sido negociada no país.
– Com a forte alta do dólar, os preços em reais se descolaram ainda mais de Chicago e muitos produtores aproveitaram para negociar – aponta a consultoria.
Segundo a AgRural, depois de um mês de agosto sem grande movimentação, os negócios recuperaram o ritmo no Centro-Oeste e evoluíram nove pontos, chegando a 42%.
– O avanço só não foi maior porque os preços em dólar, moeda na qual parte da safra é negociada, não agradam os produtores – diz.
Em Mato Grosso, as vendas em dólar continuam fracas, mas em reais a movimentação foi grande. Em Primavera do Leste (MT), volumes para entrega em fevereiro e março rodaram por R$ 68 a saca, enquanto em Rio Verde (GO), a saca para março foi negociada por R$ 72 no melhor momento do mês.
No Sul, o índice de comercialização chegou a 29%, contra 7% há um ano. Conforme a consultoria, a evolução mensal, de cinco pontos, só não foi maior porque os produtores estão capitalizados após a excelente safra 2014/2015 e ainda esperam novas altas do dólar. No oeste do Paraná, a saca para fevereiro de 2016 rodou por R$ 77 no pico do dólar.
Já no sudeste, a negociação futura da safra 2015/2016 alcançou 38%, ante 9% em setembro do ano passado. Em Uberlândia (MG), a soja para fevereiro e março chegou a sair por R$ 74 a saca. No Porto de Santos (SP), o preço médio ficou em R$ 80,15 a saca.
No Norte e Nordeste, as vendas da nova safra somam 45%, à frente dos 23% de igual período de 2014. No oeste da Bahia, lotes chegaram a sair por R$ 76 a saca para abril de 2016.
