Governo de SP mantém plano de retomar hidrovia Tietê-Paraná

Expectativa é de que operações retornem em fevereiro, diz secretário de Agricultura 

Fonte: Fernanda Farias/Canal Rural

O secretário de Agricultura de São Paulo, Arnaldo Jardim, reafirmou a empresários de indústrias exportadoras a expectativa de que as operações da Hidrovia Tietê-Paraná sejam retomadas em fevereiro, mês que costuma representar o início do escoamento da safra de soja do Brasil. Em agosto, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), já havia sinalizado a reabertura da hidrovia para fevereiro de 2016.

“As negociações com a ONS estão próximas de ser finalizadas e nós pretendemos retomar a operação da Hidrovia Tietê-Paraná logo no mês de fevereiro”, disse Jardim, em discurso durante a cerimônia de comemoração dos 50 anos da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec).

O sistema hidroviário Tietê-Paraná possui 2,4 mil quilômetros e é uma importante via de escoamento da produção de grãos de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná. A navegação pela hidrovia foi interrompida no fim de maio de 2014.

O secretário ressaltou que o governador obteve “um sinal positivo da ONS” de que existe uma “grande probabilidade” de retomada da operação da hidrovia já em fevereiro. “Nós, ao longo do tempo, fomos consolidando a hidrovia como uma referência de escoamento de safra”, assinalou. “Este ano foi complicado, os custos aumentaram. A retomada no ano que vem, portanto, é bem-vinda e necessária.”

O secretário destacou ainda as obras do Ferroanel. “Isso, do ponto de vista da logística de exportação, é chave, porque nós temos condições de evitar o trânsito de trens pelo coração de São Paulo. O Ferroanel significa também uma diminuição de custos.” Atualmente, o trem de carga passa pela Estação da Luz a caminho do Porto de Santos. O governador havia informado na quinta que as obras de terraplenagem para o Ferroanel serão iniciadas.

Para o secretário, a prioridade da agricultura no Estado em 2016 é a intensificar o trabalho de pesquisa e inovação e diminuir a distância entre pesquisa e produção. “São Paulo não é mais o centro de produção agropecuária do Brasil, mas continua sendo o local em que a representação da cadeia se dá de uma forma mais precisa”, apontou. “O estado tem o desafio de se manter como centro da inovação no conhecimento agropecuário.”