Estudo mostra raio-x da suinocultura no Brasil

Levantamento mostra que, em 2015, o setor gerou R$ 62,57 bilhões de PIB e 126 mil empregos diretos

Fonte: Thiago Gomes/Susipe

Em 2015, a suinocultura gerou R$ 62,57 bilhões de Produto Interno Bruto (PIB), 126 mil empregos diretos e mais de 900 mil indiretos, além de abater 39 milhões de animais.

Os dados são da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e serão apresentados em um levantamento inédito sobre a suinocultura no Brasil, que será lançado no dia 29 de novembro, em São Paulo (SP), com apoio do Sebrae Nacional, em parceria com a Markestrat, empresa especializada em estudos de segmentos agroindustriais.

O estudo, realizado com base em entrevistas com suinocultores, especialistas em produção, associações de classe e frigoríficos, tem como objetivo fortalecer a cadeia produtiva e mostrar a representatividade do setor na economia nacional, segundo a ABCS.

De acordo com o presidente da entidade, Marcelo Lopes, o mapeamento traz subsídios para que as entidades possam pleitear políticas públicas de suporte para a cadeia. “A partir desta publicação a suinocultura brasileira tem um cartão de visitas, uma minuciosa apresentação de sua importância econômica e social para os órgãos governamentais, empresas e toda a sociedade”, destaca Lopes. 

Para desenvolver esse trabalho, a ABCS contou também com o apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) e Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan). 

Histórico

A atividade foi intensificada no Brasil entre o final do século XIX e início do século XX com a chegada maciça de imigrantes alemães e italianos à região Sul, que até hoje tem destaque na produção. Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná abrigam a maior parte das granjas de produção e de engorda no país. Junto com Minas Gerais e Mato Grosso, somam mais de 80% do rebanho de matrizes. 

No Sul do país também surgiram as primeiras grandes iniciativas de melhoramento genético do rebanho nacional, e é onde estão instaladas as maiores empresas de processamento do segmento.