Há muito a cultura do café conquistou o sul de Minas Gerais, e é o principal negócio da Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo, a Coopfam. As máquinas cuidam de limpar e classificar os grãos que os cafeicultores mandam já secos e sem casca. Alguns desses equipamentos foram financiados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Agroindústria. O investimento de R$ 300 mil feito pela Coopfam beneficia todos os cooperados.

– O café mudou o cenário econômico da região. E vendo a realidade de hoje, também, a gente vê que não pode ficar dependente só de uma cultura – afirma o presidente da Coopfam, Clemilson José Pereira.

Por isso, nem todos os 415 associados da cooperativa plantam café. Esse é o caso do Vicente de Paulo Silva, que produz mais de 50 espécies diferentes de hortaliças, sem o uso de agrotóxicos – tudo orgânico. Além de atender a demanda do mercado, o que sai da lavoura também vai para a mesa da família.

– O importante é isso: você se alimentar daquilo que produz. A gente é o consumidor número um da produção que fazemos – diz Silva.

Hoje o mercado exige o selo de comprovação de orgânico para atestar a procedência e qualidade. Não basta somente um produtor falar que é, precisa da certificação. Sozinho, Vicente não conseguiria bancar esse custo. Então, trabalha em parceria com outros pequenos agricultores e a cooperativa.

– Se for buscar uma certificação, sozinho, é praticamente inviável. Agora, quando se organiza, faz um grupo participar, o custo é todo partilhado entre os membros do grupo e torna possível a certificação – explica Silva.

O plano da cooperativa é que o armazém receba outros produtos em breve – os orgânicos, além do café. Pereira diz que o problema é que a maioria dos produtores deixou de diversificar a produção, até mesmo para alimentação própria, porque o café trouxe mais recursos para o município. Hoje, reverter esse quadro é uma preocupação para eles.

– Está sempre em nossas discussões e tentando diversificar inclusive para colocar dentro da atividade econômica da cooperativa, onde ela vai poder comprar e vender outro tipo de produção para além do café – diz Pereira.

Vicente também é referência em diversificação. Com um sistema de rotatividade, alterna as culturas conforme cada safra. Ainda planta e colhe diferentes produtos no mesmo local. A rotatividade, além de eliminar possíveis deficiências, protege o solo.

O neto do Vicente – Renan, seis anos – gosta de brincar com os bezerros. O que o gado tem a ver com a produção de hortaliças? Lembra-se da ausência dos agrotóxicos? Pois é, ele resolve isso com esterco bovino. A participação da esposa e dos filhos na rotina da lavoura impulsiona esse agricultor a buscar cada vez mais a excelência.

– O importante da agricultura familiar é formar os futuros agricultores, mas tendo o pé no chão, sabendo que é do chão que sai a produção, sai o alimento e eles tendo amor pela produção, principalmente a produção orgânica – conta Silva.

– O café mudou o cenário econômico da região. E vendo a realidade de hoje, também, a gente vê que não pode ficar dependente só de uma cultura – afirma o presidente da Coopfam, Clemilson José Pereira.

Por isso, nem todos os 415 associados da cooperativa plantam café. Esse é o caso do Vicente de Paulo Silva, que produz mais de 50 espécies diferentes de hortaliças, sem o uso de agrotóxicos – tudo orgânico. Além de atender a demanda do mercado, o que sai da lavoura também vai para a mesa da família.

– O importante é isso: você se alimentar daquilo que produz. A gente é o consumidor número um da produção que fazemos – diz Silva.

Hoje o mercado exige o selo de comprovação de orgânico para atestar a procedência e qualidade. Não basta somente um produtor falar que é, precisa da certificação. Sozinho, Vicente não conseguiria bancar esse custo. Então, trabalha em parceria com outros pequenos agricultores e a cooperativa.

– Se for buscar uma certificação, sozinho, é praticamente inviável. Agora, quando se organiza, faz um grupo participar, o custo é todo partilhado entre os membros do grupo e torna possível a certificação – explica Silva.

O plano da cooperativa é que o armazém receba outros produtos em breve – os orgânicos, além do café. Pereira diz que o problema é que a maioria dos produtores deixou de diversificar a produção, até mesmo para alimentação própria, porque o café trouxe mais recursos para o município. Hoje, reverter esse quadro é uma preocupação para eles.

– Está sempre em nossas discussões e tentando diversificar inclusive para colocar dentro da atividade econômica da cooperativa, onde ela vai poder comprar e vender outro tipo de produção para além do café – diz Pereira.

Vicente também é referência em diversificação. Com um sistema de rotatividade, alterna as culturas conforme cada safra. Ainda planta e colhe diferentes produtos no mesmo local. A rotatividade, além de eliminar possíveis deficiências, protege o solo.

O neto do Vicente – Renan, seis anos – gosta de brincar com os bezerros. O que o gado tem a ver com a produção de hortaliças? Lembra-se da ausência dos agrotóxicos? Pois é, ele resolve isso com esterco bovino. A participação da esposa e dos filhos na rotina da lavoura impulsiona esse agricultor a buscar cada vez mais a excelência.

– O importante da agricultura familiar é formar os futuros agricultores, mas tendo o pé no chão, sabendo que é do chão que sai a produção, sai o alimento e eles tendo amor pela produção, principalmente a produção orgânica – conta Silva.