A diretoria de agronegócios do Banco do Brasil autorizou a contratação antecipada de crédito de custeio para milho safrinha e trigo, culturas da safra de inverno. Quem apresentou a novidade foi o superintendente estadual, Edson Pascoal Cardozo. Com base no ano passado, a expectativa é de que R$ 1 bilhão seja liberado em crédito custeio para o estado.

A estratégia é mais um reflexo da preocupação recorrente com a transformação do setor, que dá passos largos em direção à tecnificação, combinando produtividade, sustentabilidade e bem estar animal. O BB tem acompanhado o desenvolvimento da agropecuária brasileira.

– Um banco comercial que traz linhas de crédito ajustadas às necessidades do produtor e espírito público porque nós conseguimos dar materialidade a nossa função de fazer a diferença na sociedade onde estamos inseridos – afirma Cardozo.

Entre 1999 e 2000, Cardozo foi gerente da agência de Castro, no interior do estado. Desde aquela época, os produtores de lá já investiam em inovação. Armando Rabbers, o produtor de leite que investiu em um sistema de ordenha robotizado, é apenas um dos exemplos de sucesso. As máquinas funcionam 24 horas e são os animais que escolhem o momento da retirada do leite.

No geral, o Paraná é um estado bastante plural. Outra iniciativa de destaque é da família de Jager, que já tendo um produção consolidada fechou novas parcerias e fez investimentos pelo Inovagro. Eles enxergaram na venda de carne de ovinos um mercado potencial.

O superintendente lembra que existem demandas para todas as linhas e necessidades. As mais comuns são as tradicionais para custeio. O crédito de investimento também é muito procurado para aquisição de máquinas, estruturas de armazenagem e compra de animais.

Um ponto forte do estado é o sistema cooperativo bem organizado. Tanto as grandes quanto as pequenas cooperativas se aliam ao banco e tornam a região líder em produtividade, melhorando a qualidade de vida da população.

Em parceria com o governo do estado, o banco será o principal financiador do programa Pecuária Moderna, um incentivo a melhoria genética dos animais de corte. O trabalho é de longo prazo, deve durar 10 anos. No fim do processo, o estado se tornará referência em qualidade de carne e rebanho.