
O presidente do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), Alexandre Schenckel, afirmou que o desempenho das exportações brasileiras de algodão neste ano vai depender da demanda da China pela pluma nacional. “A China teve uma supersafra de algodão. E esse menor apetite afetou os embarques do algodão brasileiro”, disse Schenckel, nos bastidores do Rio+Agro, que terminou na última sexta-feira (3).
Na safra 2024/25, o Brasil produziu 4,1 milhões de toneladas de algodão. Ao todo, somente 500 mil toneladas devem ser exportadas ao mercado chinês, ante 1,318 milhão de toneladas comercializadas na temporada passada.
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Outros destinos para o algodão
Schenkel acredita que outros destinos, como Vietnã, Índia e Egito, possam ajudar a consumir parte da pluma que não será exportada para a China. “Temos que exportar pelo menos 90% do produzido na safra 2024/25 para não ter carregamento de estoques e pressionar preços para safra nova”, ponderou.
A expectativa é de exportação de cerca de 3,2 milhões de toneladas na safra 2024/25, colhida neste ano. O Vietnã deve ser o principal destino com 532 mil toneladas exportadas. Já o consumo interno deve ficar entre 600 mil e 700 mil toneladas.
Em contrapartida à retração na venda à China, as exportações para a Índia devem crescer de 8 mil toneladas em 2023/24 para 156 mil toneladas na temporada atual. “A intenção é ampliar ainda mais a exportação para o mercado indiano”, afirmou.
O Egito é outro mercado crescente com as vendas saindo de 18 mil toneladas para 77 mil toneladas no ciclo atual.