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FABRICAÇÃO PRÓPRIA

Brasil busca reduzir dependência internacional de fertilizantes ao atrair investidores globais

Evento da ApexBrasil destacou a necessidade de quintuplicar a produção nacional de adubo até 2050

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Foto: Pixabay

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) lançou o Programa de Atração de Investimentos do Setor de Fertilizantes – Invest in Brazil Fertilizers, durante o Fertilizer Latino Americano 2025, realizado de 26 a 29 de janeiro no Rio de Janeiro.

O programa visa reduzir a dependência estrangeira de fertilizantes, identificando projetos estratégicos em estados brasileiros para atrair investimentos internacionais.

Durante o evento, a entidade, em parceria com o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert) e o Sindicato Nacional das Indústrias de Matérias-Primas para Fertilizantes (Sinprifert), realizou atendimentos a potenciais investidores internacionais e articulou novos negócios para impulsionar a produção nacional.

Estratégia global para o setor de fertilizantes

O coordenador da gerência de Investimentos da ApexBrasil, Carlos Padilla, destacou a mudança na abordagem da Agência, que agora lidera um trabalho estratégico global e de longo prazo no setor.

Segundo ele, a atuação da ApexBrasil passou de eventos pontuais para um modelo integrado, consolidando sua posição como facilitadora de investimentos internacionais.

Assessor do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) José Polidoro, ressaltou a importância da ApexBrasil na reestruturação do setor.

“Estamos falando de um setor que exige investimentos muito altos. O Brasil tem ótimos projetos que precisam de visibilidade, e este evento atraiu grandes companhias globais para conferir de perto o momento do país”, afirmou.

Já o presidente do Sinprifert, Bernardo Silva, destacou a necessidade de quintuplicar a produção nacional de fertilizantes até 2050, conforme o Plano Nacional dos Fertilizantes (PNF). O setor demandará R$ 200 bilhões em investimentos para ampliar a capacidade produtiva.

Amazonas e Norte: polos estratégicos

O evento também contou com a participação de especialistas de Amazonas, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que apresentaram oportunidades de investimento regionais.

“No Amazonas temos uma enorme vocação de receber investimentos estrangeiros, e enormes potencialidades de fosfato, no sul do estado. É o momento oportuno para investimentos. A ApexBrasil tem essa expertise de atração de investimentos, e nos coloca na cara do gol, em contato com investidores”, resumiu Ronney Peixoto, secretário de Estado de Energia, Mineração e Gás do Amazonas, um dos três estados presentes ao evento.

“Nós somos um player fundamental no setor. A gente tem conversado com a ApexBrasil, que nos ajuda na conexão com indústrias estrangeiras e investidores. Miramos a segurança alimentar do Brasil e do mundo, e por isso trabalhamos na cadeia do agronegócio, nossa especialidade”, resumiu o presidente da Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, subsidiária da canadense Brazil Potash, um dos principais interlocutores da ApexBrasil no evento, no caso deles especialistas na mineração de potássio, onde a exigência de importação chega a 98%.

É uma das empresas que já tem a Amazônia, e o Norte do país, como foco de investimentos. Instalada em Toronto, no Canadá, a Brazil Potash tem escritório em Manaus, além de filial em Autazes, uma imensa mina de cloreto de potássio de classe mundial, no subsolo da bacia do Amazonas, matéria-prima para fertilizantes. O projeto em Autazes -, já licenciado e em fase de implantação – em até cinco anos já deverá produzir potássio na Amazônia – é considerado um marco para o país. O projeto Potássio Autazes com investimento estimado em US$ 2,5 bilhões de dólares, tornará a empresa o maior produtor de potássio do Brasil, podendo chegar a 2,2 milhões de toneladas por ano, enquanto nosso consumo é da ordem de 14 milhões, o que, por si só, diminuiria em 20% nossa importação do produto. No longo prazo é possível triplicar essa produção, chegando a reduzir a importação em torno de 50%.

Fábrica de fertilizantes israelense no Brasil

Foto: Divulgação

A Haifa, multinacional israelense especializada em nitrato de potássio, escolheu Uberlândia, em Minas Gerais, para instalar sua primeira fábrica no Brasil. A cidade foi selecionada por sua posição estratégica entre os estados com maior consumo de fertilizantes.

A diretora-geral da companhia para a América do Sul, Giuliana Feldman, explicou que a empresa busca consolidar sua presença no Brasil.

“Não seremos apenas um estabelecimento exportador e importador, mas sim fabricantes no Brasil”, afirmou. A empresa também foi convidada pela ApexBrasil e pelo Mapa para patrocinar o projeto do Centro Nacional de Excelência em Fertilizantes, que será sediado no Rio de Janeiro.

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