Dólar em alta estimula comercialização de café

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Dólar em alta estimula comercialização de café

Mesmo com cenário de safra recorde, sustentação das cotações em reais incentivou as vendas, que atingiram 31% da safra brasileira

Foto: Cléverso Beje/Faep

A comercialização da safra de café do Brasil 2018/2019 chegou a 31% até o dia 10 de julho, segundo a consultoria Safras & Mercado. As vendas estão avançadas em relação ao ano passado, quando 26% da safra 2017/2018 tinha sido negociada até então. A comercialização também está à frente da média dos últimos 5 anos, que é de 29% para esta época.

Com isso, já foram vendidas 18,85 milhões de sacas, tomando-se por base a estimativa da empresa, de uma safra de café brasileira de 60,5 milhões de sacas.

Segundo o consultor da empresa, Gil Barabach, a comercialização de café andou bem no último mês, com produtor aproveitando a firmeza do dólar para fechar posições.

“O atraso na colheita tirou um pouco da fluidez dos negócios, evitando uma performance comercial ainda melhor. Mas o fato é que a sustentação das cotações em reais, dentro de um cenário de entrada de safra recorde acabou estimulando os negócios e garantindo a liquidez do mercado”, comenta. As vendas antecipadas da safra nova se destacam nessa temporada, justificando a boa performance.

No caso do arábica, o produtor vendeu 30% da safra, um percentual acima de igual época do ano passado (25%) e também superior à média para o período do ano (27%). Já a comercialização de conilon alcança 35% da safra, contra 27% de igual período do ano passado e 32% de média para o período.

Colheita
A colheita do café foi indicada em 53% da área. Em igual período do ano passado, os trabalhos atingiram 58%, e na média dos últimos 5 anos para o período, 58%.

De acordo com a Safras, o clima ajudou e a colheita de café no Brasil andou bem na última semana. “É verdade que continua atrasada em relação ao ano passado e à média para o período, mas isso é justificado pelo começo difícil, frente, especialmente, à maturação atrasada do conilon”, apontou Barabach.

A colheita de arábica teve bom desenvolvimento e alcança 46% da safra, contra 49% em igual época do ano passado e 45% para média do período.

“Os trabalhos com conilon aceleraram, mas continuam atrasados em relação ao normal para período”, pondera. A colheita de conilon no Brasil gira em torno de 74% da safra projetada, comparada a 87% em igual época do ano passado e 93% de média.

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