? Além da substituição dos modelos antigos pelos novos, e daqueles equipamentos que apresentam algum defeito, o planejamento leva em conta o aumento do eleitorado. Por isso, a cada eleição é revista a quantidade de urnas de cada TRE ? conta José Gomes de Almeida Júnior, gerente do Projeto de Remanejamento de Urna Eletrônica, vinculado à Secretaria de Administração do TSE.
Almeida Júnior explica que após o mapeamento, feito a partir das demandas dos TREs, a Coordenadoria de Logística define a redistribuição dos equipamentos.
? Por exemplo, se há urnas a mais em um TRE, faz-se a transferência para outro TRE que esteja precisando de aparelhos ? diz.
Transporte
Segundo o gerente, o transporte das urnas só ocorre após as definições da Coordenadoria.
? Contratamos uma empresa transportadora, e o contrato não tem restrição de origem ou destino. É possível transportar urnas de qualquer lugar para qualquer outro lugar do país ? conta.
Ele lembra que os modelos novos, produzidos em Minas Gerais, são entregues pela própria fábrica, de acordo com o que o TSE determinar.
? O remanejamento se refere a equipamentos já em uso ? frisa.
Almeida Júnior conta que, para as Eleições de 2010, o remanejamento de urnas começou em julho último.
? As demandas por urnas, inclusive de lona, são geradas pelos TREs para a Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE. A STI ‘trata’ essas informações e as repassa para a Secretaria de Administração providenciar o remanejamento ? detalha.
O gerente conta que, neste ano, 1,9 mil urnas de lona, utilizadas em situações de contingência, foram remanejadas pelo TSE.
O servidor do TSE dá um exemplo em que o remanejamento foi necessário:
? O TRE do Pará, por uma questão de limitação de espaço físico, precisou se desfazer de urnas antigas para receber as de modelo 2009 ? explica.
Ele conta que a corte regional está mandando para o TSE urnas obsoletas, com cerca de 10 anos de uso, para, então, ter capacidade de receber e estocar unidades novas.
Investimento
Para a aquisição das urnas eletrônicas modelo 2009, o TSE investiu R$ 236 milhões. Cada aparelho custou R$ 1.214,58, menos que o valor pago nas três últimas eleições. Em 2008, o valor unitário foi R$ 1.724,94. Em 2006, R$ 1.825,89 e, em 2004, R$ 1.454,43. A previsão de vida útil do equipamento é de 10 anos.
Almoxarifado
Durante o período eleitoral, outro setor do TSE atende demandas de todo o Brasil: a Seção de Gestão do Almoxarifado. A unidade recebe os suprimentos adquiridos pelo tribunal ? necessários ao funcionamento das zonas e seções, no dia da votação ? e distribui aos TREs, conforme a demanda que as cortes regionais informam à STI.
? Não mandamos nada sem que o TRE formalize o pedido ao TSE, por meio da STI ? ressalta Janaína Paiva, responsável pela seção.
De acordo com Janaína, entre os suprimentos mais demandados estão baterias, bobinas de papel e embalagens para urnas eletrônicas; disquetes; cabinas de votação; flash cards; parafusos; e cabos.
? Todos esses itens são adquiridos pelo TSE e são entregues no tribunal. Então, cabe ao Almoxarifado fazer a distribuição aos TREs ? explica.
Porém, ela conta que há materiais entregues diretamente nos TREs.
? Nesses casos, acompanhamos por meio da documentação que nos é enviada pelo TRE. É o caso da urna eletrônica, que sai da fábrica em Minas Gerais já com destino certo, não passa pelo TSE ? informa.