Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

EVENTO EM SÃO PAULO

Congresso do Agronegócio aponta agroalianças como chave para competitividade global

Setor defende união estratégica para ampliar mercados e reduzir emissões de carbono

Congresso Abag 2025
Foto: Canal Rural/reprodução

São Paulo recebeu nesta segunda-feira (11) a 24ª edição do Congresso Brasileiro do Agronegócio, um dos principais eventos do setor, organizado pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) em parceria com a B3.

Com o tema “Agroalianças”, a programação reuniu milhares de profissionais, autoridades e lideranças para debater soluções e desafios estratégicos do agro no cenário global.

União estratégica para enfrentar desafios

Na abertura, o presidente da Abag, Caio Carvalho, reforçou que parcerias estratégicas são essenciais para o futuro do setor.

“As agroalianças são um fato real no setor privado, entre empresas e países que têm o mesmo objetivo: segurança alimentar e transição energética”, afirmou.

Carvalho destacou que, diante das mudanças climáticas e da necessidade de ampliar a oferta de alimentos, o financiamento privado terá papel cada vez mais relevante. O evento contou com a presença dos governadores Tarcísio de Freitas (SP) e Romeu Zema (MG).

Agenda ambiental e financiamento

O vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Arnaldo Jardim, defendeu uma postura proativa do agro na pauta ambiental.

“Temos que mostrar as nossas virtudes e não nos colocarmos como contrários ao meio ambiente”, disse.

Jardim também ressaltou a importância de fortalecer instrumentos de financiamento como Fiagro e LCAs, para complementar o Plano Safra, garantindo competitividade além da porteira, com investimentos em logística, portos, escoamento e armazenagem.

Documento para a COP30

Durante a solenidade, foi apresentado o documento “Agronegócio frente às mudanças climáticas”, posicionamento oficial do setor para a COP30, que será realizada em novembro, em Belém. A proposta inclui métricas para contabilizar o carbono retido no solo e reforça o papel do agro como parte da solução para a redução de emissões.

“O agro tem potencial de reduzir emissões em grande volume. Estamos apenas começando a discutir e precisamos incorporar métricas sobre o carbono no solo”, destacou Caio Carvalho.

Geopolítica e diálogo internacional

O ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, alertou para a importância de alianças estratégicas e cautela nas relações internacionais.

“O Brasil não precisa e não deve escolher lados. Pior, não pode permitir que outros decidam de que lado ele está”, afirmou.

Ele ressaltou que o posicionamento do país deve ser transmitido por meio de ações e gestos, sem prejudicar sua flexibilidade no cenário global.

Inovação e diversificação

No painel “Alimentos, Energia e Inovação”, líderes como Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS, apontaram a diversificação como estratégia para enfrentar oscilações no mercado de commodities, crises sanitárias e barreiras comerciais.

“Temos que reforçar ainda mais essa plataforma, diante dos desafios geopolíticos e tarifários”, disse Tomazoni.

Com discussões que integraram sustentabilidade, inovação e geopolítica, o Congresso reafirmou que as “agroalianças” podem ser o diferencial para manter o Brasil na liderança do agronegócio mundial.

Sair da versão mobile