Os contratos do milho operam com preços mais baixos nas negociações da sessão eletrônica da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O mercado realizou parte dos lucros acumulados na sessão desta quarta-feira (23).
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Agora, os investidores se posicionam à espera do relatório das vendas semanais norte-americanas, que será divulgado hoje, às 9h30 (horário de Brasília), pelo Departamento de Agricultura do país. Analistas esperam vendas entre 200 mil e 1 milhão de toneladas.
As lavouras de milho do oeste de Iowa, no oeste dos Estados Unidos, estão com desenvolvimentos semelhantes na comparação com a média dos últimos três anos na maioria das amostras, segundo avaliação dos participantes da “Crop Tour”, realizada pela Pro Farmer.
Segundo a Pro Farmer, a produtividade média do milho deve ficar em 182,58 bushels por acre na primeira amostra, 168,71 na segunda e 184,84 na terceira. Na média dos últimos três anos, a contagem de vagens atinge 182,11, 184,77 e 183,64, respectivamente. No ano passado, somavam 183,37 bushels por acre na primeira, 188,74 na segunda e 173,70 na terceira. Os dados do total do estado saem amanhã.
As lavouras de milho em Illinois, na parte central dos Estados Unidos, estão com desenvolvimento levemente melhor neste ano, na comparação com a média dos últimos três anos.
Ante ao ano passado, o desenvolvimento também é superior. Segundo a Pro Farmer, a produtividade média do milho deve ficar em 193,72 bushels por acre em Illinois, ante a média de 192,14 bushels por acre nos últimos três anos. No ano passado, o rendimento havia sido projetado em 190,71 bushels por acre.
Os contratos com vencimento em dezembro de 2023 operam cotados a US$ 4,88 3/4 por bushel, baixa de 1,75 centavos de dólar por bushel ou 0,35% em relação ao fechamento anterior.
Ontem, o milho fechou a sessão com alta nos preços. O mercado buscou suporte na previsão de um clima quente e seco para o Meio-Oeste dos Estados Unidos no final de agosto. Fatores como a tensão com um novo ataque russo na região do Danúbio, na Ucrânia, e a fraqueza do dólar frente a outras moedas correntes também contribuíram com os ganhos.
Além disso, os investidores digeriram novos números da Crop Tour, realizada pela Pro Farmer, que atestaram lavouras piores que a média em Indiana e Nebraska. Por fim, o desempenho negativo do petróleo em Nova Iorque e a fraca demanda voltada à produção de etanol nos Estados Unidos limitaram uma maior alta na sessão.
Na sessão, os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 4,76 1/4 por bushel, alta de 9,75 centavos de dólar, ou 2,09%, em relação ao fechamento anterior. A posição dezembro fechou a sessão a US$ 4,90 1/2 por bushel, avanço de 11,00 centavos de dólar, ou 2,29%.
Sob supervisão de Henrique Almeida
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