Segundo o Ministério da Agricultura, para custeio e comercialização foram utilizados R$ 92 bilhões(82,3%) dos R$ 111,9 bilhões programados. Já para investimentos, dos R$ 44,1 bilhões programados, foram contratados R$ 34,8 bilhões, o que corresponde a 79% do total. As contratações pelo médio produtor, por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), atingiram R$ 9,6 bilhões em recursos para custeio. Já para operações de investimento, o programa aplicou R$ 3,8 bilhões. Ao todo, o Pronamp conta com R$ 16,105 bilhões para a safra atual.
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Entre os programas na modalidade investimento, o financiamento destinado ao Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BK) contabilizou R$ 9,9 bilhões. Para o Moderfrota estão programados R$ 3,7 bilhões e, até agora, foram contratados R$ 733 milhões, diz o Ministério. O Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) respondeu por R$ 2,8 bilhões, de um total disponibilizado de R$ 4,5 bilhões.
Para o Moderagro e o Moderinfra foram disponibilizados R$ 500 milhões para cada um e investidos R$ 195 milhões e R$ 288 milhões, respectivamente. O Prodecoop (Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária) e o Procap-Agro têm recursos disponíveis de R$ 2,1 bilhões e R$ 3 bilhões, dos quais já foram aplicados R$ 722 milhões e R$ 1,6 bilhão, respectivamente. No programa Inovagro, que conta com R$1,7 bilhão, foram aplicados, no período, R$ 1 bilhão.
Novo Plano Safra
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, já afirmou que o novo Plano Safra, a ser divulgado no dia 2 de junho, não trará “nenhum real de redução” para o custeio para 2015/2016. Fontes do Canal Rural apontam que o valor será de R$ 176 bilhões. A taxa de juros oficial será de até 9% ao ano para grandes produtores rurais. O pequeno e médio produtor terão juros entre 7% e 8% ao ano. A taxa é a mais alta dos últimos anos. Já para a agricultura familiar, com anúncio no dia 15 de junho, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) estima valores em torno de R$ 25 bilhões (no ano passado, o montante foi de R$ 24 bilhões), com juros que deverão ficar abaixo da agricultura patronal.
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