Gastos estão maiores em relação ao último ciclo, custando mais de 55,6 sacas por hectare
Uma boa forma de os produtores formarem suas estratégias é saber qual o tamanho de seus custos produtivos. Na safra 2014/2015, os produtores mato-grossenses gastaram a média de 51,9 sacas por hectare, com base no preço de paridade de março-15. Os dados são do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Na safra 2015/2016, essa mesma relação está mais alta, de forma que para cobrir os custos com os insumos é necessário gastar, na média de junho, 3,7 sc/ha a mais que na safra passada. Apesar disso, as cotações do contrato a termo para março-16 estão bem valorizadas em 2015, tornando-se bastante atrativas aos produtores.
• Análise: Como ficará o custo de produção na próxima safra?
Como a tendência de médio prazo continua sendo de queda para o mercado internacional da soja, patamares como estes para a temporada 2015/2016 devem ser muito bem analisados pelos produtores mato-grossenses.
Sobe e desce
Em junho, as cotações do farelo e do óleo de soja exibiram tendências bastante divergentes em Mato Grosso. Isso porque, enquanto o óleo apresentou em junho a maior cotação média do primeiro semestre, o farelo apresentou a pior cotação média deste período. A principal justificativa está em torno da demanda.
Para o farelo de soja, o primeiro semestre tem como principal foco as exportações, no entanto, esse preço está mais reduzido neste ano, levando o produto a acumular queda de 6% desde janeiro, registrando cotação média de R$ 900/t em junho. O óleo, por sua vez, apresentou em junho ganho semestral de 4%, com cotação média de R$ 2.198/t.
• Como planejar a safra 2015/2016?
Isso porque a demanda interna bastante aquecida, sobretudo para a produção de biodiesel, garante tais elevações. No segundo semestre, no entanto, com a demanda do farelo e do óleo voltada para o mercado interno, as cotações de ambos tendem a convergir para a mesma tendência.
Com informações do Imea.