A BrasilAgro anunciou, nesta terça-feira (11), a conclusão da venda da Fazenda Araucária, localizada em Mineiros, Goiás.
A parte remanescente da propriedade foi negociada com dois compradores diferentes, somando R$ 417,8 milhões. O valor é referente a 5.517 hectares, sendo 4.011 hectares úteis.
O primeiro contrato abrange uma área de 332 hectares, com 215 hectares úteis, uma área de Baixada por 297 sacas de soja por hectare útil, ou R$ 8,5 milhões.
O comprador já realizou a primeira parte do pagamento, no valor de R$ 1,6 milhão. O ‘duration’ desta venda, que é o tempo médio de recebimento, é de pouco mais de dois anos.
De acordo com o documento enviado ao mercado, do ponto de vista contábil, a área está avaliada nos livros da companhia por R$ 1,9 milhão, entre aquisição e investimentos líquidos de depreciação, com uma Taxa Interna de Retorno (TIR) esperada em reais de 13,6%.
A segunda transação é de 5.185 hectares, com 3.796 hectares úteis, uma Área Mista (áreas de Baixada e Chapada) por 790 sacas de soja, ou R$ 409,3 milhões.
O valor inicial pago pelo comprador foi de R$ 78,7 milhões. Neste caso, o ‘duration’ é de quase dois anos.
Conforme avaliação da BrasilAgro, o valor desta área é de R$ 59 milhões, entre aquisição e investimentos líquidos de depreciação, com uma Taxa de Interna de Retorno (TIR) esperada em reais de 14,5%.
Fazenda Araucária
A Fazenda Araucária foi adquirida pela companhia em abril de 2007 por R$ 76 milhões e possuía um total de 9.665 hectares, destes 7.012 úteis.
De acordo com o Fato Relevante divulgado pela BrasilAgro, no momento da compra, a propriedade já estava praticamente toda em operação e, portanto, demandou pouco investimento para transformação dos espaços, que possuem características diferentes de topografia e solo, dividida entre áreas de baixada e chapada, com aptidão para os cultivos de grãos, safra e safrinha, e cana-de-açúcar.
As áreas foram negociadas em sete diferentes contratos, o primeiro deles realizado em maio de 2013. O valor nominal de venda da propriedade é de R$ 602 milhões, com uma TIR do projeto consolidada em reais de 16,2%.
“Estas vendas são mais um grande marco para a companhia, pois encerram o ciclo desta propriedade dentro do nosso portfólio, e confirmam a nossa capacidade de geração e captura de valor no desenvolvimento de propriedades agrícolas, otimizando os retornos operacionais e imobiliários”, diz um trecho do comunicado, assinado por Gustavo Javier Lopez, DRI e CFO da BrasilAgro.
Retrospecto da companhia
A BrasilAgro destaca que desde o início das operações da empresa, em 2006, a companhia comprou 320 mil hectares, destes 211 mil hectares úteis, e desenvolveu mais de 140 mil hectares.
Foram investidos mais de R$ 1,2 bilhão, entre aquisições e desenvolvimento de propriedades. No total, 26 fazendas foram negociadas, com 103 mil hectares totais, 69 mil hectares úteis, somando um total de R$ 2,2 bilhões.
O giro no portfólio da companhia iniciou em 2012, com um valor médio anual de venda de R$ 199 milhões. Nos últimos cinco anos, esse número é de R$ 317,5 milhões.
Segundo a BrasilAgro, todas as vendas foram realizadas a preços acima dos valores de livro e do valor justo colocado nas notas explicativas disponibilizados anualmente nas demonstrações financeiras. Os desinvestimentos geraram TIRs não alavancadas entre 13,6% e 56,5%.
“Continuamos confiantes em nossa estratégia e na nossa capacidade de entregar resultados e encontrar soluções inovadoras e eficientes para continuar crescendo de forma consistente, agregando valor para nossos acionistas”, finaliza o documento.