Incidência de doença no parque citrícola cai ao menor nível em 20 anos, diz entidade

Agricultura

Incidência de doença no parque citrícola cai ao menor nível em 20 anos, diz entidade

A ocorrência da clorose variegada dos citros (CVC) já foi considerada a doença mais severa da citricultura nacional

A ocorrência da clorose variegada dos citros (CVC), que já foi considerada a doença mais severa da citricultura, continua em queda no cinturão citrícola (São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro), seguindo a tendência dos últimos anos.

No início dos anos 2000, a incidência chegou a 46,8%. Agora, está presente em apenas 0,46% das laranjeiras, número cem vezes menor e que corresponde a aproximadamente 890 mil plantas.

colheita de laranja, frutas
Foto: Bento Viana/CNA

Em 2020, o índice era de 1,04%; e, em 2019, 1,71%. Os números fazem parte de levantamento anual realizado pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus).

O gerente-geral do Fundecitrus, Juliano Ayres, destaca em comunicado a importância de todo o conhecimento adquirido nos últimos anos e das rigorosas medidas de manejo adotadas pelos citricultores para o controle da doença.

“Este é o menor índice de CVC dos últimos 20 anos, o que deve ser considerado um caso de sucesso e um exemplo a ser seguido no manejo do greening (doença que, em 2021, atingiu o maior nível já registrado no cinturão citrícola desde 2004, com 22,37% das laranjeiras doentes)”, comenta.

Também conhecida como “amarelinho”, a CVC provoca o amadurecimento precoce e a redução acentuada do tamanho dos frutos, que podem perder até 75% de seu peso, levando à diminuição da produtividade.

O pesquisador do Fundecitrus Silvio Lopes explica que o baixo índice de CVC é resultado de uma série de fatores. “O uso de mudas sadias, o bom controle das cigarrinhas vetoras da CVC, que é feito com os mesmos inseticidas que controlam o inseto vetor do greening, o psilídeo, e a extensa eliminação de plantas doentes são os principais responsáveis pela redução da doença”, explica.

Conforme o Fundecitrus, na maior parte das plantas com CVC, os sintomas estavam nos estágios iniciais, relata Lopes. “Como as perdas por conta da doença estão associadas à severidade dos sintomas, as perdas atribuídas à CVC devem ser, na média, muito baixas no parque citrícola na safra 2021-22”, conclui.

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