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ANÁLISE DE MERCADO

Milho dos EUA está mais competitivo, mas preços no Brasil devem aumentar

Historicamente, o segundo semestre é marcado por um aquecimento nas exportações, o que deve impulsionar a demanda pelo cereal nacional

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Foto: Sistema Famasul

O contrato de setembro para o milho na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a semana passada cotado a US$ 3,83 por bushel, queda de 1,79% ante os patamares fechados no dia 1 de agosto.

Na B3, o vencimento de mesmo mês caiu 2,72%, fechando a R$ 65,14 por saca. Já no mercado físico, os preços apresentaram comportamento misto, com algumas praças em alta e outras em baixa, enquanto os agentes aguardam fundamentos mais claros para direcionar as negociações.

Confira, abaixo, análise da plataforma Grão Direto sobre os destaques do cereal nesta semana:

O que esperar do milho?

  • Exportações seguem desafiadoras: até o fim de julho, o Brasil havia embarcado 8,42 milhões de toneladas de milho, enquanto a meta para o ano é de 43 milhões. Ainda restam 34,58 milhões de toneladas a serem enviadas ao exterior até o final do ano, o que exigiria uma média de 1,82 milhão de toneladas por semana. Contudo, a recuperação do ritmo exportador depende do bom andamento da colheita da segunda safra, que vem progredindo sem grandes problemas (mais de 80% da área já foi colhida); da liberação dos portos, que estão gradualmente sendo direcionados à movimentação do milho; e da competitividade do grão brasileiro frente ao milho dos Estados Unidos, que ainda segue mais atrativo.
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  • Relatório de oferta demanda: nesta terça-feira (12), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará uma nova atualização dos dados globais de oferta e demanda de grãos. A expectativa do mercado é por uma revisão para cima na produtividade do milho da safra 2025/26 nos Estados Unidos, o que indicaria uma colheita maior e mais eficiente do que a registrada no ciclo anterior, além de estoques finais mais elevados.
  • Efeitos internos do relatório: para o Brasil e a Argentina, não são esperadas mudanças relevantes neste relatório de agosto. Caso essa projeção de produtividade seja novamente ampliada, a pressão sobre os preços pode aumentar — no entanto, o consumo interno aquecido nos Estados Unidos pode funcionar como um fator de contenção, evitando quedas mais expressivas nas cotações.
  • Cenário climático: nos próximos 15 dias, o padrão de chuvas no Brasil deve se manter com maior concentração nas regiões Norte e Sul, enquanto o restante do país apresenta volumes baixos e bem distribuídos. Nos Estados Unidos, o cenário climático segue favorável ao desenvolvimento das lavouras, com um período úmido e chuvas abrangendo grande parte do território. A região centro-oeste de Iowa, incluindo partes de Illinois e Missouri, pode receber volumes expressivos, com risco pontual de alagamentos, a depender da intensidade das precipitações. Contudo, no geral, o clima permanece dentro da média histórica, sem indicar extremos relevantes no curto prazo.

De acordo com a Grão Direto, a demanda pelo milho brasileiro deve continuar pressionada pela maior competitividade do cereal norte-americano. No entanto, historicamente, o segundo semestre é marcado por um aquecimento nas exportações, o que pode impulsionar a demanda e, consequentemente, influenciar positivamente os preços no mercado interno.

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