O mercado do milho apresentou redução nos negócios na última semana em virtude do feriado. Para esta semana, os players seguem de olho nos preços para exportação. Além disso, o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será apresentado no próximo dia 12, também pode ter peso nas cotações.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Paulo Molinari.
– O mercado brasileiro de milho encerra a semana apresentando inexpressiva fluidez dos negócios. Os consumidores atuaram de maneira bastante tímida às vésperas do feriado prolongado;
– Além disso, houve inexpressiva fixação de oferta no decorrer do dia;
– Importante pontuar que o abastecimento de milho do último bimestre seguirá complicado, avaliando o reduzido estoque de passagem entre os anos de 2021 e 2022;
– O referencial de preço do milho em Campinas foi posicionado na semana entre R$ 93/93,50 CIF;
– As indicações no porto avançaram em meio a desvalorização do real e da alta da Bolsa de Chicago, aumentando a atratividade das exportações em relação ao mercado interno, rumores de negócios em Santos a R$ 91;
– O grande foco do mercado de milho no curto prazo é o relatório de Oferta e Demanda que será divulgado pelo USDA no próximo dia 12;
– A expectativa entre analistas do setor privado é de que a produção de milho dos EUA em 2021 seja indicada em 14,948 bilhões de bushels. Em setembro, o USDA indicou 14,996 bilhões de bushels;
– Para a produtividade, o mercado espera 175,9 bushels por acre, contra as 176,3 bushels por acre indicadas em setembro pelo USDA;
– Para os estoques finais 21/22 dos EUA, a expectativa do mercado é de que o USDA indique 1,421 bilhão de bushels. No mês passado, o USDA divulgou 1,408 bilhão de bushels;
– Outro elemento importante a ser considerado é o avanço do trabalho de campo no Meio-Oeste norte-americano, este que é o grande fator de queda nas próximas semanas.