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SUSTENTABILIDADE

Projeto quer expandir bioinsumos brasileiros no mercado global

Iniciativa da ApexBrasil e Croplife Brasil foi lançada em Brasília e visa expandir participação de empresas nacionais pelo mundo

O mercado global de bioinsumos era estimado entre US$ 13 e 15 bilhões em 2023. Agora, novas projeções mostram que pode alcançar a cifra de US$ 45 bilhões até 2032.

Para fortalecer a presença das empresas brasileiras do setor no mercado internacional, foi lançado nesta terça-feira (27), em Brasília, o Projeto Bioinsumos do Brasil, parceria entre Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e CropLife Brasil.

A expansão pelo globo já tem tudo resultado em solo nacional. Segundo levantamento da CropLife Brasil, em parceria com a Blink, a taxa média de adoção dos produtos com matéria-prima natural no país subiu de 23% para 26% da área plantada.

Assim, o setor mantém um ritmo de crescimento acelerado, com uma média anual de 22% nos últimos três anos, desempenho quatro vezes superior à média global.

O diretor-presidente da CropLife Brasil, Eduardo Leão, destacou a liderança do país na produção da tecnologia. “O Brasil é uma das agriculturas mais competitivas do mundo e a maior agricultura tropical. Nesse contexto, temos um imenso potencial de exportar bioinsumos produzidos aqui, com 90% da matéria-prima nacional”, afirma.

Segundo ele, de mil produtos, metade foram registrados nos últimos três anos. “Então é um momento decisivo para dar início a esse projeto. A estimativa é que na próxima década o Brasil represente um terço dos bioinsumos do planeta e nós vamos levar os benefícios que o país tem com esse produto para o mundo.”

Avanço dos bioinsumos

Na última safra, o mercado de proteção de cultivos, tanto de biológicos como de químicos, cresceu 7%. O segmento de bioinsumos avançou mais de 35%, consolidando-se como uma das tecnologias de maior expansão no agronegócio brasileiro.

Para Leão, a expansão do mercado brasileiro é sustentada por três pilares fundamentais: qualidade técnica dos produtos, competitividade econômica e aderência crescente às práticas de produção de baixo impacto ambiental exigidas tanto no mercado interno quanto no mercado internacional.

O secretário de Descarbonização e Economia Verde do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Rodrigo Rollemberg, destacou a oportunidade para o setor.

“É um projeto importante para falar ao público externo sobre o que é a agricultura brasileira de verdade, que tem a legislação ambiental mais avançada do mundo, que tem tecnologia e agora tem bioinsumos, com os quais podemos inverter a lógica de dependência de insumos, com redução de custos e sustentabilidade. É uma grande oportunidade de mudar a imagem da nossa agricultura na COP este ano no Brasil,” apontou Rollemberg.

Produto tipo exportação

vespas soja biológicos, bioinsumos
Foto: Embrapa/Montagem: Canal Rural

O Brasil conta hoje com mais de 170 empresas produtoras de bioinsumos, responsáveis por um portfólio que já ultrapassa mil produtos registrados, consolidando o país como um polo de excelência no desenvolvimento de soluções agrícolas sustentáveis aplicadas à agricultura tropical.

Segundo os organizadores, o projeto contempla uma série de ações, como participação em feiras internacionais, realização de rodadas de negócios, missões comerciais, promoção institucional e estudos de mercado. O primeiro passo é o desenvolvimento da marca institucional do projeto.

O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, destacou o gesto histórico que inaugurou o projeto. “Uma parceria entre governo e indústria que sempre foi profícua e no caso dos bioinsumos tem tudo para crescer. É um momento oportuno o qual discutimos eventos climáticos e essa é uma pauta que tem a ver com o nosso ambiente. A busca por bioinsumos sempre esteve presente no nosso país e essa conexão com a natureza é fundamental. A agricultura do Brasil está fadada a encarar esses desafios e iniciativas como essas precisam florescer,” afirmou Viana.

A estratégia do projeto prevê atuação prioritária nos mercados dos países vizinhos produtores agrícolas na América Latina, além de Estados Unidos e Europa.

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