Cooperativismo impediu aumento do êxodo rural, diz presidente da Coopercampos

Soja Brasil

Cooperativismo impediu aumento do êxodo rural, diz presidente da Coopercampos

Declaração foi dada em palestra na Abertura Nacional do Plantio de Soja - Safra 2021/22, com especialistas da cadeia do grão

A Abertura Nacional do Plantio de Soja – Safra 2021/22, direto de Campos Novos (SC), trouxe enfoque ao cooperativismo, tão presente e consolidado em Santa Catarina. Para o presidente da Coopercampos, Luiz Carlos Chiocca, não justifica para médios e pequenos produtores fazer investimentos de infraestrutura sem estar em conjunto, em uma cooperativa. “Fazemos compras juntos e em volume, com assistência técnica direcionada”, exalta.

abertura nacional do plantio

De acordo com ele, esse modelo de negócio ainda representou um importante avanço histórico: a redução do êxodo rural. “Os produtores atuando juntos começaram a ser mais valorizados. Os jovens estão voltando muito capacitados para as propriedades, com cursos técnicos e superiores e entendendo que, ao serem gestores de propriedades agrícolas, terão muito mais futuro e estabilidade econômica do que sendo um empregado urbano. O cooperativismo também leva conhecimento a esse jovem para que ele possa renovar a lavoura com muito mais esperteza do que o feito no trabalho de seus pais”, frisa.

Em consonância com a fala de Chiocca, o presidente da Coocam, João Carlos Domênico, enxerga no cooperativismo a chance dos produtores de Santa Catarina – maioria de pequenos e médios – acessarem as últimas tecnologias disponíveis no campo. “A agropecuária catarinense deve muito à essa maneira de associação. É muito importante termos grandes produtores que compram muito para diminuir os custos dos pequenos produtores que compram pouco”, define.

Já o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino, convocou os produtores de todo o Brasil a acreditarem nesse modelo de negócios que, segundo ele, ajudou a transformar o país na potencia agrícola que é hoje. “A filosofia do cooperativismo deu certo não apenas em Santa Catarina, mas é, também, um modelo de negócios estabelecido em todo o mundo. Quando os pequenos produtores se unem, tornam-se mais fortes e podem galgar novos patamares”, destaca.

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