Preços da soja despencam no Brasil, mas produtores vendem por necessidade

Soja Brasil

Preços da soja despencam no Brasil, mas produtores vendem por necessidade

Contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 18,25 centavos ou 1,23% a US$ 14,65 1/4 por bushel

O mercado brasileiro de soja apresentou queda expressiva no fechamento. No entanto, durante o dia, houve certa volatilidade, acompanhando o movimento de Chicago.

Houve registros de negócios, com os produtores se vendo obrigados a vender devido aos custos e à necessidade de abertura de espaço.

Veja os preços da soja disponível

  • Passo Fundo (RS): caiu de R$ 140,50 para R$ 135,00

  • Região das Missões: baixou de R$ 139,50 para R$ 134,00

  • Porto de Rio Grande: recuou de R$ 144,50 para R$ 142,50

  • Cascavel (PR): desvalorizou de R$ 131,00 para R$ 128,00

  • Porto de Paranaguá (PR): decresceu de R$ 142,00 para R$ 139,00

  • Rondonópolis (MT): diminuiu de R$ 123,00 para R$ 118,00

  • Dourados (MS): caiu de R$ 129,00 para R$ 128,00

  • Rio Verde (GO): baixou de R$ 125,00 para R$ 121,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira (24) com preços mais baixos. O clima favorável ao desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos manteve o mercado sob pressão.

O clima frio preocupa para a germinação, mas não deve atrapalhar o plantio de soja e milho nos Estados Unidos. Segundo o agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antonio dos Santos, as baixas temperaturas são a grande preocupação do produtor norte-americano.

“A semana começa gelada em grande parte das áreas produtoras do Meio-Oeste. Regiões como Indiana, Illinois, Iowa, Missouri, Nebraska e, principalmente, as Dakotas e Minessota ainda apresentam temperaturas próximas a zero. Isso deve dificultar a germinação. Como não há previsões de muita chuva para esta semana, o plantio até deve deslanchar normalmente”, disse.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aponta que, até o domingo (23), 9% da área destinada ao plantio da soja já havia sido semeada, contra 4% da semana anterior.

Indicadores de mercado

Petróleo
Foto: Pixabay

Apesar da alta do petróleo e da queda do dólar frente a outras moedas, o mercado financeiro ainda merece atenção. A possibilidade de os norte-americanos persistirem com uma política monetária austera ainda é motivo de preocupação. A taxa básica de juro será definida no dia 3 de maio.

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 374.960 toneladas na semana encerrada no dia 20 de abril, conforme relatório semanal divulgado pelo USDA. O mercado esperava 500 mil toneladas.

Contratos futuros da soja

Foto: Wenderson Araujo/Trilux/CNA

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 18,25 centavos ou 1,23% a US$ 14,65 1/4 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 14,36 por bushel, com perda de 13,00 centavos de dólar ou 0,89%.

Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 6,20 ou 1,39% a US$ 437,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 52,76 centavos de dólar, com perda de 0,81 centavo ou 1,51%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,37%, sendo negociado a R$ 5,0400 para venda e a R$ 5,0380 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0390 e a máxima de R$ 5,0860.

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