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LAVOURAS DESTRUÍDAS

Veja a situação da soja nos municípios gaúchos afetados pelas enchentes

Unidades de beneficiamento e armazenamento do estado têm recebido grãos com índices de umidade que variam entre 22% e 30%

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Foto: Gabriel Rezende/Embrapa

As cargas de soja depositadas em unidades de beneficiamento e armazenamento de grãos no Rio Grande do Sul nos últimos dias apresentam índices elevados de umidade, que variam entre 22% e 30%. Além disso, os níveis de impurezas estão acima de 5%, de acordo com o Informativo Conjuntural da Emater-RS.

“Porém, ainda há um número significativo de cargas dentro da margem de tolerância, o que evita descontos. Algumas lavouras sofreram perda total após ficarem alagadas por mais de uma semana ou por serem afetadas pela passagem de enxurradas, que provocou o tombamento das plantas”, diz o documento.

Na Fronteira Oeste, o cenário é semelhante. São poucos os momentos possíveis de colheita, e as perdas têm sido ampliadas devido à dificuldade de corte em solos saturados e irregulares.

Municípios afetados

O Informativo da Emater destaca a situação de alguns municípios produtores de soja que foram fortemente afetados:

  • São Gabriel: 50% das lavouras foram colhidas antes das chuvas torrenciais, e resta a campo 67 mil hectares que terão perda de 50%. Mil hectares terão perdas totais por ficarem submersos;
  • Maçambará: a área colhida alcançou 70%, e as perdas na área restante estão estimadas em 35%;
  • Manoel Viana: a colheita da soja atingiu 82%, restando cerca de 10 mil hectares com perdas estimadas em 30%;
  • São Borja: trabalhos alcançaram 75% da área, mas as perdas estão estimadas em 20%;
  • Região de Caxias do Sul: a colheita foi suspensa em 26 de abril em razão das chuvas em elevados volumes, que atingiram cerca de 300 mm nos principais municípios produtores da oleaginosa. Aproximadamente 15% da área ainda precisa ser colhida, mas essas lavouras foram severamente comprometidas;
  • Erechim: a área colhida permaneceu em 90%, e 10% estão maduros. A colheita deve ser finalizada neste período. No entanto, a produtividade será menor, sendo estimada em 3.780 kg/ha;
  • Frederico Westphalen: a colheita foi paralisada. Permanecem colhidos 91%, que apresentam produtividades históricas e rendimentos médios de 3.840 kg/ha. Restam 2% em fase de maturação e 7% maduros. Nessas últimas áreas por colher, estão previstas perdas significativas tanto em produtividade quanto em qualidade;
  • Ijuí: dos 970 mil hectares cultivados, aproximadamente 910 mil foram colhidos sem danos decorrentes das chuvas. O restante (60 mil hectares) das lavouras apresenta sinais de deterioração. A perspectiva para a colheita nessas áreas está incerta devido às elevadas perdas estimadas;
  • Passo Fundo: 90% da soja foi colhida. A produtividade permanece em torno de 4.000 kg/ha. Porém, há dificuldades em colher os 10% restantes;
  • Pelotas: a colheita foi interrompida, em grande parte da região, desde 26 de abril, causando atraso significativo. Foram colhidas apenas 52% das lavouras, e 48% estão prontas para a operação;
  • Piratini, Morro Redondo e São Lourenço do Sul: 70% foram colhidos;
  • Canguçu: percentual de colheita é de 75%;
  • Santa Vitória do Palmar: a situação é crítica. Apenas 30% foram colhidos;
  • Chuí: somente 9% da área foi colhida
  • Jaguarão: nas áreas em rotação com arroz, apenas 40% foram colhidos devido ao uso das colhedoras no cereal. De modo geral, as produtividades estão abaixo do esperado. Diante das perdas expressivas, provocadas pelas adversidades climáticas, os sojicultores estão acionando o seguro agrícola;
  • Santa Maria: a colheita foi suspensa. Aproximadamente 30% das lavouras não foram colhidas e sofrerão perdas totais. Muitas dessas lavouras ficaram submersas. Já outras, que não ficaram inundadas, apresentam germinação de grãos nas vagens e significativo apodrecimento. Em cerca de 70% das lavouras colhidas antes das enchentes, foi registrada produtividade média de 3.200 kg/ha, considerada satisfatória;
  • Santa Rosa: a atividade de colheita foi muito limitada, ocorrendo apenas no final do período. Foram colhidas 93% das lavouras, e 7% estão maduras. O cultivo da safra atual foi impactado por intempéries, como uma pequena estiagem em janeiro/fevereiro e o excesso de chuva em maio, que provocaram a redução na produtividade projetada, especialmente nas lavouras semeadas mais tardiamente, impossibilitadas de serem colhidas. Nos 7% restantes (57 mil hectares), as perdas podem variar de 40% a 80%. Como resultado, a estimativa de produtividade de 3.322 kg/ha foi revisada para 3.309 kg/ha;
  • Soledade: os percentuais de colheita continuam inalterados em relação ao período anterior. A colheita alcança 76% da área cultivada;
  • Alto da Serra do Botucaraí e Centro-Serra: 90% da área foi colhida;
  • Vale do Rio Pardo: as áreas de cultivo são menores. Por lá, a colheita varia entre 65% e 80%. Em municípios com áreas maiores, como Rio Pardo, Pantano Grande e Encruzilhada do Sul, o percentual de área colhida está em torno de 57%. As perdas em razão das condições climáticas foram significativas, mas não totais;
  • Baixo Vale do Rio Pardo: muitas lavouras estão inundadas, e as perdas são totais.
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