Veja como foi a passagem da Caravana Soja Brasil em Bandeirantes (PR) | Canal Rural

Veja como foi a passagem da Caravana Soja Brasil em Bandeirantes (PR)

Palestras aconteceram dentro da cooperativa Integrada e os temas mais debatidos foram o clima e a comercialização da soja. Veja aqui também as fotos do evento

André Anelli, de Bandeirantes (PR)
O Projeto Soja Brasil inovou nesta safra e, em parceria com algumas cooperativas do Paraná, realizou mais uma Caravana pelo estado. A primeira parada aconteceu na cooperativa Integrada, nesta segunda dia 11, no município de Bandeirantes. Na ocasião, o assunto mais debatido foi a influência do La Niña nos preços e na comercialização da soja.

O dia começou cedo para quem participou desta primeira etapa da Caravana Soja Brasil. A primeira palestra aconteceu às 9h e tratou da preservação da biotecnologia no campo. Na sequência, o pesquisador da Embrapa explicou os problemas no estabelecimento da soja e suas limitações.

A partir daí, o tema abordado foi a comercialização da safra e a influência do clima e da política nos preços da soja. Durante sua palestra, o analista de mercado Paulo Molinari, falou dos impactos que o fenômeno climático trará ao Brasil. “Realmente o La Niña, tradicionalmente, traz uma variável muito importante para o mercado, que está com sua atenção voltada ao clima da América do Sul. Ele pode trazer impactos para a produção Argentina e também do Sul do Brasil, com longos períodos de estiagem”, conta.

Com isso, os produtores que já estavam segurando as vendas por conta dos baixos preços, devem se retrair ainda mais aguardando valores maiores. “Os produtores também estão segurando suas vendas apostando em uma reviravolta que o La Niña pode trazer para os preços. Mas, também tem a questão do receio, pois não se sabe como este clima irá afetar a produção e os produtores não querem vender muito e não ter como cumprir o contrato depois”, diz Molinari.

Para se ter uma ideia do impacto deste atraso, na cooperativa Integrada 60% da produção de soja e milho de 2016/2017 ainda está nos silos. “Recebemos na safra anterior 18 milhões de sacas de soja e 17 milhões de sacas de milho e estamos tentando ajudar o produtor a negociar bem e logo isso tudo. Mas, o mercado não está fácil”, diz o gerente regional da cooperativa, Eraldo Martins.

Um dos cooperados, Pedro Catrólio Filho, conta que ele mesmo só vendeu 20% da produção futura e conforme melhores preços forem surgindo, ele vai fixar mais. “No ano passado, nesta época, já tinha comercializado 40%. Eu vendi estes 20% a R$ 70 por saca. Mas, para pagar tudo e não apertar queria receber pelo menos R$ 75 por saca”, explica o produtor.

O analista e os participantes também mostraram preocupação em relação a 2018, já que a eleição será uma das mais difíceis e o mercado financeiro se baseia nisso para atuar. “Isso pode causar uma volatilidade cambial um pouco mais agressiva. E este movimento pode trazer boas oportunidades para o produtor, que deverá ficar atento a tudo isso”, finaliza.

Veja as fotos do evento

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