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APÓS PRIVATIZAÇÃO

Quedas e oscilações de energia causam prejuízos milionários no campo, diz Faep

Mais de 38 mil interrupções no fornecimento de eletricidade foram registradas no último quadrimestre de 2023

bandeira tarifária
Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Produtores rurais em diversas regiões do Paraná enfrentam prejuízos significativos devido a quedas frequentes no fornecimento de energia elétrica e oscilações na tensão da rede. O Sistema Faep/Senar-PR, baseado nos relatos de mais de 50 sindicatos rurais, enviou 18 ofícios às autoridades, incluindo a Copel, o governo do Paraná e a Alep, pedindo providências imediatas.

Os problemas reportados incluem a oscilação recorrente de carga, resultando na queima de equipamentos como motores, bombas de irrigação e climatizadores. Em casos extremos, como o do avicultor Luiz Bertolassi, uma falha na rede causou a queima de um disjuntor, levando à morte de quase todo um lote de frangos.

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Além das oscilações, as quedas de energia têm impactado a produção, com mais de 38 mil interrupções registradas no último quadrimestre de 2023, representando um aumento de 23,6% em relação ao mesmo período de 2022, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O tempo médio de duração dessas interrupções também aumentou, alcançando quase seis horas.

Os prejuízos se estendem a diversas áreas, desde a perda de animais até a queima de equipamentos essenciais para a produção. Produtores relatam a necessidade de recorrer a caminhões-pipas para evitar a morte de animais por falta de água, além de impactos na produção leiteira e na fumicultura.

O presidente do Sistema Faep/Senar-PR, Ágide Meneguette, destaca a urgência das medidas, afirmando que a energia elétrica é um insumo crucial para a produção agropecuária, e os prejuízos atuais podem comprometer o desenvolvimento do Paraná.

Problemas após a privatização

Produtores apontam que os episódios de quedas e oscilações aumentaram após a privatização da Copel. Alegam falta de manutenção nas redes, e o comprometimento das equipes terceirizadas não é equiparável aos funcionários de carreira. O presidente do sindicato rural de Guarapuava, Rodolpho Botelho, ressalta que os serviços pioraram em 100% desde a privatização.

Os produtores enfrentam também dificuldades ao tentar acionar a Copel para manutenção ou restabelecimento de energia. Canais de atendimento robotizados e demora nas respostas têm gerado insatisfação. A Copel, por sua vez, alega enfrentar desafios devido a 24 temporais de grandes proporções em 2023, destacando a quebra de 5.637 postes e destinando bilhões a obras de melhoria do sistema elétrico.

O setor agropecuário paranaense busca soluções urgentes para evitar prejuízos crescentes e garantir a competitividade da região. O investimento em infraestrutura e o comprometimento das empresas do setor são cruciais para superar os desafios enfrentados pelos produtores rurais.

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