Segundo o boletim divulgado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) do Rio Grande do Sul, as lavouras de trigo do estado enfrentam sérios desafios devido às intensas chuvas das últimas semanas. A combinação de umidade excessiva, altas temperaturas e falta de sol cria condições propícias para o desenvolvimento de doenças fúngicas, como a brusone e a giberela.
Neste ciclo, o estado plantou cerca de 1,5 milhão de hectares com trigo, com destaque para as regiões do Noroeste e aumento de área no Sul. Inicialmente, a Emater projetava uma safra que ultrapassaria 4,2 milhões de toneladas, a segunda maior da história, mas a situação atual é incerta devido aos impactos climáticos.
Muitas lavouras na região do Vale do Taquari ficaram submersas por várias horas, resultando em plantas com coloração barrenta e algumas caídas. O sul do estado também enfrenta problemas devido ao acúmulo de água em terras baixas.
Os produtores estão preocupados com a falta de sol, com previsões de chuvas contínuas. A coordenadora de trigo da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Hamilton Jardim, alerta que o excesso de umidade durante a formação de grãos pode diminuir a qualidade e produtividade do trigo.
Os impactos reais na safra só serão conhecidos no final do ciclo, por volta de setembro a outubro. Enquanto isso, agricultores seguem na expectativa e fazendo acompanhamentos das lavouras na esperança de minimizar as perdas.
______
Saiba em primeira mão informações sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo. Siga o Canal Rural no Google News.