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Soja: fraca demanda chinesa e queda do petróleo fazem Chicago recuar

colheitadeira despejando soja
Foto: Madson Maranhão/Governo do Tocantins

A soja terminou esta quarta-feira, dia 27, com preços mais baixos na Bolsa de Chicago. Após tentar reagir na maior parte do dia, com base em compras técnicas, o mercado retornou ao território negativo, pressionado pelos fundamentos.

A falta de demanda pela soja americana limita qualquer reação mais consistente. A China não voltou a adquirir soja nos Estados Unidos nesta semana, decepcionando os traders. O mercado aguarda para amanhã o resultado das exportações semanais americanas.

A previsão é de clima favorável às lavouras do Brasil e da Argentina, recuperando parte das perdas por conta da falta de chuvas em algumas regiões durante o mês de dezembro.

Outro fator que ajudou a pressionar o mercado de commodities mundial, incluindo a soja, foi a queda de cerca de 3% no barril do petróleo em Nova York.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

Brasil

O mercado brasileiro de soja teve mais um dia de poucos negócios e preços entre estáveis e mais baixos. A queda de Chicago e do dólar pressionou as cotações em algumas regiões.

O produtor segue priorizando as lavouras devido ao quadro pouco atrativo aos negócios. O ritmo permanece de feriado prolongado.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG


Milho

O milho fechou com preços mais altos na Bolsa de Chicago. O mercado chegou a operar com uma valorização mais expressiva mais cedo, em meio a compras por parte de fundos especuladores, associada a um movimento de recuperação técnica. A queda nos preços do petróleo, contudo, superando a casa de 3% em Nova York, acabou limitando a valorização dos preços.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

Brasil

Preços internos estáveis nesta quinta-feira. O ritmo de negócios segue lento nesta semana de poucos dias de negociação entre festividades de Natal e Ano Novo.

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG


Café

O mercado brasileiro de café teve uma quinta-feira de preços mais baixos. As cotações recuaram diante da desvalorização do arábica na Bolsa de Nova York e da baixa do dólar. No começo do dia, houve maior movimentação, mas depois o mercado travou com as perdas externas.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

Nova York

O café arábica terminou o dia com preços acentuadamente mais baixos. Em mais uma sessão volátil, NY aacompanhou as perdas do petróleo, que pressionaram as commodities agrícolas nos mercados futuros. Os fundamentos baixistas para a cultura também contribuíram para a queda, que levou as cotações perto da linha de US$ 1 a libra-peso.

A ampla oferta global é fator fundamental determinante para a pressão sobre as cotações. Brasil colheu uma safra recorde este ano, o Vietnã também chegou com uma safra com potencial recorde e amplas exportações em 2018, entre outras origens colhendo muito café. Isso tudo traz tranquilidade ao abastecimento global, superávit na oferta e pressão sobre os preços.

Assim, quando NY reage, não consegue se afastar muito dessa linha de US$ 1 a libra-peso neste momento. Logo, volta a se ater aos fundamentos e a buscar um patamar mais acerca desta marca importante no mercado.

CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

Londres

O robusta encerrou as operações da quinta-feira com preços mais baixos. Segundo traders, as cotações caíram acompanhando o forte tombo do arábica.

Na quarta-feira, Londres não operou, mas NY teve negociações e ganhos no dia. Assim, nesta quinta-feira Londres reabriu após o feriadão de Natal e fechou no vermelho, mas com perdas limitadas, já que teve de compensar o fato que NY avançou no dia em que o mercado londrino não operou.

A baixa do petróleo contribuiu para o tom negativo do mercado londrino no dia.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

Boi gordo

Poucos negócios registrados no fechamento desta quinta-feira. Segundo a Scot Consultoria, as modificações nos preços foram pontuais e ficaram por conta das regiões onde a ponta vendedora não demonstra tanto interesse em negociar, e isso reduziu a oferta de boiadas terminadas.

No Sul de Goiás, por exemplo, a alta foi de R$ 0,50 por arroba, o que representa 0,4% de aumento na comparação diária e as escalas de abate giram em torno de quatro dias. Na região, as indústrias encontram dificuldade em alongar as programações de abate, o que faz com que as empresas sigam ofertando preços firmes.

Entretanto, no Sul do Tocantins a oferta de matéria-prima foi suficiente para atender a demanda vigente, permitindo aos compradores ofertarem preços abaixo das referências. Com isso, houve queda de 0,7% na comparação dia a dia.

Em São Paulo, a cotação segue estável frente ao último levantamento e foram observados frigoríficos fora das compras hoje.

A margem de comercialização das indústrias que realizam a operação de desossa está em 22,4%, valor acima da média histórica.

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA


Dólar e Ibovespa

O dólar comercial fechou a negociação em baixa de 0,68%, cotado a R$ 3,8920 para a compra e a R$ 3,8940 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,8820 e a máxima de R$ 3,9440.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou a semana com baixa de 0,65%, com 85.136 pontos.


Previsão do tempo para sexta-feira, dia 28

Sul

Outra frente fria começa a se formar entre o Uruguai e o Rio Grande do Sul, e as instabilidades aumentam no decorrer do dia. Antes da chuva, o sistema favorece o aumento das temperaturas, garantindo um dia muito quente e abafado. Isso se deve aos ventos que sopram do quadrante norte.

Até a noite, há previsão para pancadas de chuva em todo o Rio Grande do Sul, porém ainda com volumes baixos. Chove também no oeste de Santa Catarina e do Paraná, com trovoadas.

Sudeste

A chuva segue intensa em grande parte do Sudeste, mesmo com a frente fria se afastando em direção ao oceano. Há risco para temporais no norte de São Paulo e em grande parte de Minas Gerais, além do litoral capixaba. Nessas áreas o volume de chuva pode chegar a 60 mm acumulados. Não se descarta a possibilidade de queda de granizo, principalmente em Minas Gerais e São Paulo.

Em Minas, como tem muitas nuvens, as temperaturas não conseguem subir muito. Já em São Paulo, faz calor à tarde e o tempo fica bem abafado, o que potencializa as pancadas de chuva no final do dia.

Centro-Oeste

O maior destaque é a chuva de Goiás, que pode ocorrer a qualquer hora do dia e com acumulados bem expressivos, podendo passar dos 30 mm acumulados. Por causa da nebulosidade a temperatura segue amena no estado.

Já em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, as pancadas de chuva ocorrem de maneira mais isolada e somente no final do dia, após períodos de sol entre a manhã e a tarde. Devido aos períodos de sol, a temperatura sobe ao longo da tarde, garantindo um dia quente.

Nordeste

Um sistema conhecido por Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) favorece a chuva no litoral norte da região. O dia será com muitas nuvens e pancadas a qualquer momento em toda a faixa norte.

Chove também no sul do Maranhão, do Piauí e em grande parte da Bahia, com previsão para acumulados elevados no oeste e sul baiano, podendo passar dos 30 mm. O tempo fica firme apenas entre o Recôncavo Baiano e o Piauí e o centro-sul do Ceará.

Norte

As pancadas seguem de fraca intensidade no extremo sul de Roraima, enquanto nas demais áreas do Norte as pancadas acontecem a qualquer hora do dia. A nebulosidade também predomina em Rondônia, no Acre e no interior do Amazonas.

Em Tocantins a chuva segue forte no sul do estado, com acumulados de 30 mm. Tempo abafado ao longo do dia em toda a região.

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