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Produtores de feijão na Bahia lucram com safra de inverno

Clima favorável fez com que produtividade saltasse de 9,7 para 12,8 sacasA estimativa da safra de grãos, divulgada nesta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), indica que os produtores de feijão da Bahia têm motivos para comemorar o resultado do cenário atual. A colheita de inverno será 31,3% maior que no mesmo período do ano passado, assegurando uma produção de 253,5 mil toneladas. O clima favorável fez com que a produtividade da leguminosa no Estado saltasse de 9,7 para 12,8 sacas de 60 quilos por hectare.

O plantio de feijão no inverno é uma aposta na Região Nordeste. Enquanto outras regiões concentram o cultivo na primeira e segunda safras (da seca e das águas), cerca de 25% da produção nordestina ocorre na terceira fase do plantio. Com a entressafra no Centro-Sul, o produto colhido no Nordeste, sobretudo na Bahia, abastece as prateleiras dos supermercados do país em meados do segundo semestre.

? A produção de inverno neste Estado funciona como termômetro de oferta e preços. O clima estável garantiu uma ótima safra ? explicou o analista da Conab, João Ruas.

? Com o início da colheita nesta semana e o pico previsto para o final de agosto, o abastecimento do grão para os próximos meses está garantido ? afirmou.

De acordo com Antônio José Silva, técnico rural da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, há predominância de agricultores familiares, trabalhando em pequenas propriedades.

? Na região de Ribeira do Pombal, por exemplo, os sítios têm em média 10 hectares ? informou.

Remuneração

Os agricultores dos 14 municípios que formam a microrregião de Ribeira do Pombal, por exemplo, receberam na semana passada R$ 150 por saca. Com um custo de produção de R$ 66 por saca, o lucro para o agricultor é certo.

? Comparado a outras culturas, como milho e soja, o feijão foi o que garantiu melhor remuneração na safra atual ? disse Ruas.

O preço mínimo estipulado para o período 2008/2009 deve estimular ainda mais o plantio do grão. Neste ciclo, o valor de referência assegurou ao produtor uma remuneração de R$ 48,42 por saca. Para a próxima safra, o governo reajustou o mínimo para R$ 80,00, um incremento de 65,2%.

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