Sustentabilidade será cada vez mais cobrada para concessão de financiamentos

Agricultura

Sustentabilidade será cada vez mais cobrada para concessão de financiamentos

Agências tem levado em consideração os riscos socioambientais na hora de conceder linhas de créditos e financiamentos agrícolas

Sustentabilidade será cada vez mais cobrada para concessão de investimentos e financiamentos agrícolas.

O ESG já está em processo de consolidação nas grandes companhias exportadoras, cientes de que boas práticas ambientais, sociais e de governança se tornaram um diferencial competitivo. A sigla, em inglês, significa Environmental, Social and corporate Governance, algo como melhores práticas ambientais, sociais e de governança em português.

“Os riscos socioambientais serão cada vez mais relevantes para a liberação de financiamentos, cruciais para a sobrevivência dos negócios dos pequenos produtores, seja para realizar investimentos nas propriedades, seja para a aquisição de insumos”, afirma o advogado e mentor jurídico de empresas André Aléxis de Almeida.

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Foto: Pixabay

O Banco Central (BC) já anunciou a criação de critérios para concessão de empréstimos a agricultores e pecuaristas sob operações sustentáveis dos pontos de vista social, ambiental e climático. Ainda, até o fim do ano, o órgão vai incluir critérios de sustentabilidade para seleção de contrapartes na gestão das reservas internacionais e para a seleção de investimentos.

O desmatamento ilegal do país impulsiona o setor de bancos privados a redobrar a preocupação ambiental nas análises de risco de crédito.

Além disso, agências têm aumentado suas linhas de financiamentos voltadas para pessoas físicas e jurídicas cujos negócios implementem medidas que têm como objetivo promover uma economia mais inclusiva e de baixo carbono.

“Importante ressaltar, contudo, que a preocupação com o meio-ambiente é apenas um dos pilares do ESG. De nada adianta o negócio ter boas práticas ambientais e estar envolvido com algum nível de corrupção ou não assinar a Carteira de Trabalho dos funcionários, por exemplo. É preciso que haja uma visão global do que significa ESG e que a empresa esteja mesmo preocupada. Mais do que parecer, é preciso, efetivamente, ser”, diz o advogado.

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