Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Terras de Santa Catarina têm a maior valorização de preço do país

Com reajuste de 31%, o valor médio do hectare chegou a R$ 9.455As terras de agricultura de Santa Catarina foram as que mais se valorizaram no país no bimestre setembro e outubro na comparação com os valores do final de 2007. Com reajuste de 31%, o preço médio do hectare chegou a R$ 9.455, ante R$ 7.225 em novembro e dezembro do ano passado, como mostra levantamento da consultoria AgraFNP, de São Paulo.

O desempenho catarinense contrasta com o nacional, que registrou pequena desvalorização se descontada a inflação do período. As terras do país, nos últimos 12 meses, tiveram aumento médio de 12,5%, valor que cai a 0,1% quando se leva em conta o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI).

Com o desconto da inflação, a valorização real das terras de SC fica em 18,4%. Para a gerente de agroenergia da AgraFNP, Jacqueline Bierhals, um dos principais fatores para o aumento foi a alta do preço dos grãos, que serve como indexador para a cotação de muitas propriedades. Outra razão foi a ampliação das áreas de florestamento no Estado, principalmente nos últimos 18 meses.

Santa Catarina também possui terras cujo hectare está entre os mais caros do país. São áreas pequenas, localizadas na região de Jaraguá do Sul, Norte do Estado, responsáveis pelas maiores produtividades de arroz irrigado no Brasil. Ali, o hectare vale R$ 35,7 mil em média.

Os demais Estados da Região Sul acompanham Santa Catarina no ritmo de valorização. Sem o desconto da inflação, o reajuste em 12 meses atingiu a média de 23% no Paraná e 14% no Rio Grande do Sul.

De acordo com Jacqueline, a região estaria mais protegida a desvalorizações. Os grãos, apesar da queda nos preços registrada nos últimos meses, contam com a compensação da alta do dólar, que fechou cotado a R$ 2,479 na última sexta-feira.

Queda do preço atribuída à crise

Regiões produtoras de cana-de-açúcar destinada à indústria do etanol, por outro lado, ficaram mais suscetíveis. Os preços do combustível estacionaram e as terras começam a ter descontado o fator especulativo que havia elevado o seu valor anteriormente. O hectare em São Paulo, apesar possuir uma das médias mais altas (R$ 12 mil), subiu apenas 3,5% nos últimos 12 meses.

No cenário nacional, a pequena queda nos preços é atribuída à crise. A falta de liquidez provocou restrições no crédito e redução nos preços de commodities agrícolas. O hectare de terra, em setembro e outubro, ficou na média de R$ 4.341, praticamente estável em relação ao anterior, quando valia R$ 4.434.

O levantamento mostra que na média de 36 meses, quando o preço do hectare estava em R$ 3.082, a valorização alcançou 40,9%. Diante de inflação acumulada de 23,6% no período, calcula-se um ganho real de 5,4%.

 

Sair da versão mobile