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POTENCIAL DA CULTURA

Trigo ganha espaço em MS com apoio de pesquisa e mercado

Avanços tecnológicos ampliam o potencial do trigo no estado e elevam a produtividade da soja em áreas integradas

Lavoura de trigo no município de Ibirapuitã, RS, agricultura, safra, IBGE
Foto: Embrapa

Na última semana, um dia de campo promovido pela Embrapa Agropecuária Oeste e pela Cooperalfa reuniu produtores e técnicos em Dourados, no Mato Grosso do Sul. O encontro apresentou resultados de pesquisas, dados de mercado e práticas que reforçam o potencial da cultura do trigo na região, em especial no Cerrado.

Especialistas lembraram que o estado já chegou a cultivar cerca de 400 mil hectares de trigo na década de 1980, mas hoje a área não passa de 40 mil hectares. Para o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Auro Otsubo, o desafio é ampliar a produção de forma integrada. ”Não se trata de olhar o trigo isoladamente, e sim de adequá-lo dentro do sistema produtivo”, diz.

Representantes da cooperativa reforçaram a necessidade de trabalhar nichos de mercado, como o fornecimento de trigo para nutrição infantil, melhoradores e panificação. O diretor Claudiney Turmina lembrou que o Brasil ainda importa cerca de 40% do trigo consumido e defendeu a expansão no Cerrado: “É inevitável avançar rumo à autossuficiência. O trigo precisa fazer parte de um sistema produtivo sustentável”.

Impacto na soja

Outro ponto de destaque foi o impacto positivo da cultura sobre a soja. De acordo com a Cooperalfa, áreas que recebem trigo podem ter aumento de até 20% na produtividade da oleaginosa plantada em seguida. “O trigo melhora o solo, contribui para a ciclagem de nutrientes e reduz a pressão de plantas daninhas. Isso se reflete diretamente no ganho da soja”, explicou o agrônomo Luan Pivatto.

Pesquisadores também destacaram a evolução genética das cultivares, mais tolerantes à seca e a doenças como a brusone, além de estudos em andamento sobre a adubação nitrogenada. Para o analista Bruno Lemos, da Embrapa Trigo, “o trigo é um ótimo negócio, desde que respeitadas as janelas de plantio”. A avaliação dos técnicos é de que a cultura pode voltar a ocupar espaço relevante no Mato Grosso do Sul, fortalecendo o abastecimento interno e ampliando as oportunidades de renda para o produtor.

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