Agronegócio

Boi e soja caem mas milho se recupera; veja notícias importantes desta quarta-feira

No Exterior, início de vacinação e acordos podem trazer nova onda de otimismo no mercado financeiro

  • Boi: indicador do Cepea fica abaixo de R$ 270 pela primeira vez desde outubro

  • Milho: cotações têm forte alta de 5% na B3 e retomam nível de R$ 70 por saca

  • Soja: saca cai abaixo de R$ 150 em Paranaguá

  • Café: mercado segue lento e com pouca alteração nos preços

  • No Exterior: início de vacinação e acordos podem trazer nova onda de otimismo

  • No Brasil: última reunião do Copom deste ano é destaque da agenda

  • Agenda:

    • Brasil: definição da taxa Selic (Banco Central)

    • EUA: ofertas de emprego em outubro

    • EUA: estoques semanais de petróleo (DoE)

    Boi: indicador do Cepea fica abaixo de R$ 270 pela primeira vez desde outubro

    O indicador do boi gordo do Cepea recuou pelo terceiro dia seguido e passou de R$ 270,25 para R$ 266,80 por arroba. Foi a primeira vez desde o dia 28 de outubro que os preços ficaram abaixo do nível de R$ 270. No acumulado do mês de dezembro, o indicador já caiu 6,0%.

    No mercado futuro, o movimento foi o contrário e o dia foi marcado por altas dos contratos de boi gordo negociados na B3. O ajuste do vencimento para dezembro passou de R$ 255,85 para R$ 258 e do janeiro de R$ 249 para R$ 251,1.

    Milho: cotações têm forte alta de 5% na B3 e retomam nível de R$ 70 por saca

    As cotações dos contratos futuros de milho na B3 tiveram um dia de forte alta e interromperam uma sequência de quedas que já alcançava dez pregões. Nesse período o vencimento para janeiro recuou de R$ 80,58 para R$ 68,02 por saca e ontem, terça-feira, 8, subiu 5,0% para R$ 71,42. O contrato para março acompanhou da mesma forma e passou de R$ 68,95 para R$ 72,40.

    Por outro lado, no mercado físico, os preços seguem pressionados em virtude de uma demanda doméstica menor desde meados de novembro. O indicador do milho do Cepea recuou de R$ 73,84 para R$ 73,42 e chegou ao nono dia consecutivo de baixa.

    Soja: saca cai abaixo de R$ 150 em Paranaguá

    O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá caiu abaixo dos R$ 150 por saca pela primeira vez desde o dia 30 de setembro. A cotação recuou 3,5% na comparação diária e passou de R$ 154,42 para R$ 149,02. Apesar de o dólar ter encostado novamente no patamar de R$ 5,05, a moeda norte-americana fechou em alta. Porém, os preços da oleaginosa no Brasil tiveram maior impacto da queda em Chicago.

    No exterior, os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago tiveram o terceiro dia consecutivo de queda em meio a novas tensões geopolíticas entre Estados Unidos e China.

    Café: mercado segue lento e com pouca alteração nos preços

    O mercado brasileiro de café teve o segundo dia de lentidão e preços com poucas alterações. A volatilidade vista no pregão dos contratos futuros do arábica na Bolsa de Nova York e do dólar no Brasil, travou a negociação no mercado doméstico.

    De acordo com a Safras & Mercado, no sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação encerrou o dia em R$ 565/570 a saca, estável. No cerrado mineiro, o arábica bebida dura com 15% de catação teve preço de R$ 570/575 a saca, e também não teve mudanças registradas.

    No Exterior: início de vacinação e acordos podem trazer nova onda de otimismo

    O início da vacinação no Reino Unido, o acordo entre o país e União Europeia, além da negociação entre republicanos e democratas nos Estados Unidos fazem os mercados projetarem uma nova onda de otimismo. Nos EUA, a expectativa é de que a vacina da Pfizer e BioNTech seja aprovada para uso emergencial ainda este mês.

    O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, deve ir a Bruxelas na Bélgica para uma nova rodada de conversas na tentativa de fechar o acordo comercial. Os investidores seguem monitorando a possibilidade de votação do novo pacote fiscal nos EUA nesta sexta-feira, 11.

    No Brasil: última reunião do Copom deste ano é destaque da agenda

    A última reunião do ano do Comitê de Política Monetária do Banco Central é o destaque da agenda econômica nesta quarta-feira. A expectativa unânime do mercado é de manutenção da taxa Selic em 2% ao ano pela terceira reunião seguida. Portanto, os investidores estarão mais atentos ao comunicado divulgado após a decisão. Os pontos de atenção estarão voltados principalmente aos riscos fiscais e atualização das projeções do Banco Central para inflação.

    Em relação à inflação, ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o IPCA de novembro. O resultado ficou acima do projetado pelo mercado e trouxe nova aceleração dos preços dos alimentos e da gasolina. Ainda assim, os outros itens da cesta básica medida pelo IPCA ainda não parecem sofrer o impacto deste aumento observado nas commodities nos últimos meses.