Agronegócio

Boi gordo renova recorde no indicador Cepea; confira as notícias desta sexta

Milho, soja e café também se valorizam seguindo o movimento do dólar em relação ao real; confira as principais notícias do dia

  • Boi: arroba registra nova máxima histórica no Cepea

  • Milho: preços têm alta moderada e seguem próximos de novo recorde

  • Soja: alta do dólar eleva cotações no Brasil

  • Café: queda é interrompida em Nova York e câmbio sustenta preços no Brasil

  • No Exterior: mercados tentam recuperação no encerramento da semana

  • No Brasil: IPCA-15 fica ligeiramente abaixo do esperado

  • Agenda:

    • Brasil: dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso (Imea)

    • Brasil: estimativa para a safra brasileira de soja (Safras & Mercado)

    • EUA: índice PCE de inflação ao consumidor

    Boi: arroba registra nova máxima histórica no Cepea

    O indicador do boi gordo do Cepea se recuperou da queda dos dois dias anteriores, voltou a subir e registrou uma nova máxima histórica. A cotação variou 1,61% em relação ao dia anterior e passou de R$ 310,8 para R$ 315,8 por arroba. Sendo assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 18,21%. Em 12 meses, os preços alcançaram 58,3% de alta.

    No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 tiveram ajustes levemente mais negativos em toda a curva. O ajuste do vencimento para março passou de R$ 313,8 para R$ 313,55, do abril foi de R$ 313 para R$ 312,5 e do maio, de R$ 305,8 para R$ 305,55 por arroba.

    Milho: preços têm alta moderada e seguem próximos de novo recorde

    Os preços do milho tiveram alta moderada e seguem próximos do recorde no indicador do Cepea, que atualmente é de R$ 93,85 por saca. A cotação valorizou 0,3% em relação ao dia anterior e passou de R$ 93,03 para R$ 93,31 por saca. Assim sendo, no acumulado do ano, o indicador valorizou 18,64% e em 12 meses, os preços alcançaram 56,85% de alta.

    Na B3, os contratos futuros do milho têm apresentado volatilidade nos últimos dias e tiveram ajustes mais negativos no pregão de ontem. O ajuste do vencimento para maio passou de R$ 94,14 para R$ 93,35 e do julho foi de R$ 89,43 para R$ 88,92 por saca.

    Soja: alta do dólar eleva cotações no Brasil

    De acordo com a consultoria Safras & Mercado, as cotações da soja no Brasil oscilaram entre estáveis e mais altas, seguindo mais um dia de valorização do dólar contra o real. Apesar disso, o ritmo dos negócios não teve grandes mudanças, seguiu lento, em parte pela ausência dos vendedores e também pela queda em Chicago.

    No levantamento diário de preços da consultoria, a saca em Passo Fundo (RS), subiu de R$ 164 para R$ 167, no porto de Paranaguá (PR) foi de R$ 169,50 para R$ 171 e em Rondonópolis (MT) aumentou de R$ 160,50 para R$ 162,50.

    Café: queda é interrompida em Nova York e câmbio sustenta preços no Brasil

    Após uma sequência de cinco quedas em sete dias, o café arábica negociado em Nova York ficou praticamente estável. Os preços têm sido pressionados por uma preocupação do mercado em relação à piora da pandemia em alguns países, sobretudo da Europa, e o efeito disso na demanda global por café. O contrato com vencimento para maio, o mais líquido no momento, teve alta de 0,08% e passou de US$ 1,265 para US$ 1,266 por libra-peso.

    No Brasil, os preços se recuperaram das quedas dos últimos dias, seguindo o movimento do câmbio. O indicador do café arábica do Cepea teve um dia de alta dos preços. A cotação variou 0,41% em relação ao dia anterior e passou de R$ 713,49 para R$ 716,41 por saca.

    No Exterior: mercados tentam recuperação no encerramento da semana

    Os mercados abrem esta sexta-feira, 23, tentando se recuperar das quedas observadas nos últimos dias em virtude da piora da pandemia na Europa e da demora no processo de vacinação na região. As bolsas sobem na abertura do dia após o Banco Central dos Estados Unidos (FED) indicar que a economia pode ter recuperação robusta ainda esse ano.

    Na agenda econômica de hoje nos Estados Unidos, o destaque é a divulgação do índice PCE de inflação ao consumidor. O indicador é acompanhado de perto pelos diretores do FED por dar sinais importantes sobre a dinâmica da inflação no país. Além disso, saem dados de renda e gastos pessoais, que ajudam a mensurar a qualidade da recuperação da atividade econômica nos EUA.

    No Brasil: IPCA-15 fica ligeiramente abaixo do esperado

    O IPCA-15 de março, prévia da inflação ao consumidor (IPCA) calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 0,93% e ficou ligeiramente abaixo das expectativas de mercado (0,96%). O resultado foi bastante impactado pela elevação dos preços da gasolina que responderam praticamente por 80% da alta do índice. Foi o maior resultado para o mês de março desde 2015.

    O Ibovespa interrompeu uma sequência de quedas e subiu 1,5% a 113.749 pontos com a Câmara avançando na aprovação do Orçamento para 2021. O dólar seguiu pressionado pelos riscos fiscais e valorizou 0,55% em relação ao real, passando de R$ 5,6396 para R$ 5,6705.