Agronegócio

Milho: mesmo com queda na B3, mercado físico deve continuar sustentado

O analista de mercado Enio Fernandes da Terra Agronegócio explica como esse movimento pode afetar o mercado no médio prazo

O preço do milho no indicador Cepea teve uma ligeira queda de 0,15% e passou de R$ 82,67 para R$ 82,55 por saca, com isso a sequência de altas consecutivas iniciada há 30 dias foi interrompida.

Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros caíram pelo segundo dia. Na B3, o contrato para novembro, que no meio da semana chegou a rondar R$ 85, ficou em R$ 81,56.

Enio Fernandes analista de mercado da Terra Agronegócio explica que movimentos assim são considerados como ‘respiro’ no mercado. “Quando olhamos na maioria das praças ou os preços subiram ou se mantiveram”, explica ele.

Oportunidade

Enio explica ainda que o cenário pode favorecer uma janela de oportunidade para produtores do cereal. “Quando chegarmos ao fim do ano, esses armazéns de milho vão retirar o cereal para ofertar soja. Mas, quando olhamos os números de exportação hoje e o que que falta para chegar até janeiro, estamos em uma condição delicada de oferta de milho e o produtor sabe disso. Então, o poder de negociação do ofertante do milho está muito acima do demandante de milho.

Mudanças

O especialista faz recomendações para os produtores. “ O demandador físico do cereal deve ficar atento aos próximos dias e meses. No fim do ano, existe um acúmulo de despesas para o produtor como pagamentos de salários extras e preparação para a colheita, o que afasta o fluxo de caixa. Ele também mesmo capitalizado precisa liberar os armazéns, para receber a soja”,alerta Enio.