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Soja: coronavírus pressiona e Chicago cai pela 5ª sessão seguida

A progressão do vírus afasta investidores das commodities em geral, que aguardam o desenrolar das notícias  

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Foto: Mauro Osaki/Cepea

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais baixos. As perdas, que chegaram a ser mais acentuadas, foram reduzidas ao longo da sessão. Esta foi a quinta sessão negativa consecutiva. 

O mercado foi pressionado pelo alastramento do coronavírus na China, que afasta os investidores das commodities em geral. Já as inspeções de exportação norte-americanas vieram levemente acima do esperado, atuando como fator de contenção das perdas.  

A Comissão Municipal de Saúde de Pequim relatou o primeiro caso fatal na cidade causado pelo surto do novo coronavírus. Trata-se de um homem de 50 anos que, no último dia 8, foi à cidade chinesa de Wuhan, onde o vírus foi detectado pela primeira vez e, no 15, após seu retorno, começou a ter febre.  

Desde que uma nova cepa de coronavírus foi detectada em Wuhan, em dezembro de 2019, 81 mortes e 2.835 casos de pneumonia causada pela doença foram confirmados na China, para os quais já existem casos isolados em 12 dúzias países dos quatro continentes. 

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 1.038.840 toneladas na semana encerrada no dia 23 de janeiro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava o número em 1 milhão de toneladas. Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 1.206.140 toneladas. No ano passado, em igual período, o total fora de 944.680 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1 de setembro, as inspeções estão em 25.214.900 toneladas, contra 20.484.903 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

 Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 4,75 centavos de dólar, ou 0,52%, em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,97 1/4 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 9,11 por bushel, recuo de 4,75 centavos, ou 0,51%. 

Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 0,50, ou 0,16%, a US$ 297,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 31,52 centavos de dólar, baixa de 0,50 centavo ou 1,56% na comparação com o fechamento anterior.